Mala com presentes oficiais estava no avião que levou Bolsonaro aos EUA no fim de dezembro, diz PF
Trecho do inquérito da Polícia Federal a que o blog teve acesso indica que esculturas recebidas como presente oficial pelo então presidente Jair Bolsonaro foram extraviadas no mesmo voo que levou Bolsonaro aos Estados Unidos no fim de dezembro, dias antes do fim do mandato.
“Como se vê, as investigações apontam que as esculturas foram evadidas do Brasil para os Estados Unidos da América, em uma mala transportada no avião presidencial, no dia 30/12/2022″, diz o material”.
O trecho obtido pelo blog diz ainda que o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro Mauro Barbosa Cid e o pai dele, o general Mauro Lourena Cid, levaram os bens a lojas especializadas para tentar avaliar e vender os itens.
Para isso, teriam contado com a ajuda de outros dois assessores de Bolsonaro: Osmar Crivelatti e Marcelo Câmara.
A PF indica, ainda, que o dinheiro eventualmente obtido com essas vendas seria incorporado ao patrimônio do então presidente Jair Bolsonaro – e que as vendas só não teriam sido concretizadas porque as esculturas tinham “baixo valor patrimonial”.
O que foi enviado no avião
Segundo os investigadores, pelo menos dois conjuntos de joias e esculturas foram levados no avião presidencial junto com Bolsonaro – o documento não deixa claro que o então presidente tinha conhecimento:
um conjunto com duas esculturas de barco e palmeira, recebidas em novembro de 2021 na viagem de Bolsonaro ao Bahrein;
um dos conjuntos de joias da Chopard recebidas por Bolsonaro como presente oficial da Arábia Saudita, composto por caneta, anel, abotoadeira, rosário árabe e relógio .
A viagem de Bolsonaro
Ainda como presidente da República, Jair Bolsonaro deixou o Brasil no dia 30 de dezembro, penúltimo dia à frente do Palácio do Planalto. Ele usou o avião presidencial para viajar à Flórida, nos Estados Unidos, de onde só retornou no fim de março.
Naquela manhã, o governo publicou no “Diário Oficial da União” uma autorização para que servidores públicos que seriam assessores de Bolsonaro no pós-mandato acompanhassem o presidente na viagem aos Estados Unidos.
Do G1/Blog do Valdo