Mickey e Minnie Mouse caem no domínio público. E agora Disney?

No momento você está vendo Mickey e Minnie Mouse caem no domínio público. E agora Disney?

Por Alessandra Nascimento
Pois é meus querid@s. O casal de ratos mais conhecido do planeta e que faz parte da infância de gerações – Mickey e Minnie Mouse – caíram no domínio publico. Daí a foto que ilustra meu artigo. O nosso ratinho virou máscara de psicopata do filme Mickey’s Mouse Trap, com lançamento previsto ainda para este ano.

Mas calma! Muita calma nessa hora! Estamos falando da primeira versão datada de 1928. Especificamente dos desenhos Steamboat Willie e Plane Crazy.

Reprodução Mickey Mouse Trap

Vou contar mais sobre essa história que já tá dando muito o que falar. Pra quem não sabe e sugiro ler a biografia ou assistir alguns filmes sobre o lendário Walt Disney. Um empreendedor nato que só conseguiu fazer sucesso com suas animações depois que criou o ratinho inspirado em um rato de verdade que ele prestava atenção enquanto passava por um período de “buscando sua inspiração”.

Se essa história é ou não verdadeira, o fato é que Disney conseguiu transformar seu ratinho Mickey no maior fenômeno da animação do cinema – na época dos filmes em preto e branco – em seguida criou o maior estúdio de animação dos EUA em Hollywood, além de parques temáticos que recebem milhares de pessoas dos diversos cantos do mundo. A Disneylândia se expandiu e hoje, além da Flórida que abriga o maior dos parques temáticos da Disney, se expandiu para a Califórnia, também nos EUA e ultrapassou fronteiras indo parar na França, Japão e Hong-Kong.

É meus amigos, esse rato deu sorte. Dizem as más línguas que Disney se inspirou na “Ciudad de los niños”, um parque que se encontra na grande Buenos Aires, na Argentina. Quando estive lá o parque estava totalmente precário (pra não falar destruído). Esquecido pelo poder público.

Enfim fofoca por fofoca o fato é que Disneylândia não se parece em nada com o parque dos “hermanos”. Vão desculpando “cariños buenarenses”, mas realmente a comparação é conto da carochinha.

Deixando isso de lado o fato é que o ratinho e sua namoradinha na primeira versão já estão no domínio público. Breve parêntesis tá meus amores, a lei de direitos autorais nos EUA é de 95 anos enquanto no Brasil são 70. E isso foi resultado de diversas alterações na lei a partir do grande lobby do corpo de advogados da empresa de animação, prolongando o tempo cada vez que se aproximava a data de finalização da marca de pertencimento da empresa. A lei até ganhou o apelido de Lei do Mickey.

Sabem como é – patrimônio histórico, ícone de gerações, grande marca dos EUA etc. Mas uma hora não dá mais para empurrar com a barriga e a lei caducou para o casal Mickey e Minnie deixando de ser patrimônio particular da Disney e se tornando a alegria da galera. Da própria indústria do entretenimento dos EUA.

Desde 1 janeiro deste ano, data oficial que o desenho caiu no domínio público, dois filmes de terror (para roer os dentes em frente da tv ) foram anunciados com maníacos usando a máscara do ratinho picotando todo mundo.

E vocês querid@s acham que foi só no cinema? Aha! Um jogo cabuloso onde a Terra, pós apocalíptica, é tomada por ratos e sabem quem é o grande líder? Ninguém mais, ninguém menos que o Mickey Mouse. Óbvio que nenhum criador dessas novas versões “sangrentas” vai querer sucumbir as multas pesadas da Disney, então são usadas as versões de 1928. Se pintar cor ou algo que lembre a versão atual se prepara que a dança não vai ser das poderosas, mas dos poderosos chefões da Disney com seus advogados cobrando multas bilionárias pelo uso indevido.

Fiquem espertos ! Na hora do meme só vale o preto e branco com aquelas perninhas esquisitas da época do vovô. Ficamos por aqui! Vejo vocês no meu próximo artigo (E espero que não demore muito).

E se liga, manda um comentário pra gente através do nosso e-mail contatoscafecominformacao@gmail.com ou nossas redes sociais @sitecafecominformacao
—————————————————————————————————
Formada em jornalismo pelas Faculdades Integradas Hélio Alonso ( FACHA), foi correspondente internacional e é editora-chefe do Site Café com Informação www.cafecominformacao.com.br