Há uma intensa controvérsia entre a ONG Baleia Jubarte e os residentes de Praia do Forte, no litoral norte de Salvador. Diversas denúncias, inclusive apresentadas ao Ibama e à polícia, acusam a ONG de transformar o Espaço Baleia Jubarte em um ponto de poluição sonora, causando impactos negativos nos moradores e no meio ambiente. Segundo as denúncias, há programações frequentes ao longo do ano, muitas delas com a participação de bandas. Recentemente, o evento em destaque é o ‘Its Rock na Baleia’.

De acordo com relatos e imagens divulgadas à imprensa, o elevado volume de decibéis permitido durante as festas tem causado uma série de problemas. Distúrbios auditivos, ansiedade, dificuldades para dormir e a presença de animais silvestres nas áreas residenciais são algumas das consequências observadas. Os animais, incluindo insetos, fogem da poluição sonora e da grande aglomeração de pessoas no Espaço Jubarte, localizado em uma área de preservação, buscando locais mais tranquilos. A presença de serpentes e até mesmo raposas desorientadas tem se tornado comum.

As autoridades da Secretaria de Meio Ambiente foram acionadas para resgatar alguns desses animais e reintegrá-los ao ambiente natural, que, infelizmente, faz parte do espaço da ONG. Os denunciantes alegam ter tentado entrar em contato com os órgãos competentes e a prefeitura, mas até o momento não receberam resposta. Um dos condomínios mais afetados é o Reserva Praia do Forte. Apesar do apoio da Petrobras aos eventos do Projeto Baleia Jubarte, a empresa parece estar ignorando os problemas. Os denunciantes destacam a hipocrisia do projeto, que, ao mesmo tempo em que fala em respeito ao meio ambiente e à preservação dos animais, agride os moradores com poluição sonora e invasão de pessoas.

Abaixo, comprovante de queixa feita à Prefeitura de Mata de São João, sem resposta.