Nesta segunda-feira (1º), representantes dos moradores do Rio Vermelho e do Complexo do Nordeste de Amaralina tiveram a oportunidade de apresentar suas reivindicações aos vereadores de Salvador. Foi mais uma edição do Projeto Câmara Itinerante, realizada na Paróquia de Sant’Ana, no Rio Vermelho. A sessão contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Salvador, vereador Carlos Muniz (PSDB), e foi conduzida pela coordenadora do projeto, vereadora Aladilce Souza (PCdoB). Por meio da iniciativa, sessões ordinárias da Casa são levadas a diferentes bairros da capital baiana.
“Este projeto dá voz às reivindicações dos bairros de Salvador. Assim tomamos conhecimento dos problemas das comunidades e levamos ao Executivo as demandas do povo para buscarmos soluções. Agradeço à vereadora Aladilce Souza, coordenadora deste importante projeto, aos demais vereadores, às lideranças comunitárias e à população do Rio Vermelho e do Complexo do Nordeste de Amaralina por participarem de mais uma edição do Câmara Itinerante”, afirmou Carlos Muniz.
A vereadora Aladilce Souza ressaltou que “nós, vereadores, somos representantes do povo. Portanto, neste diálogo direto com a população, tomamos conhecimento das demandas das áreas que recebem o Câmara Itinerante. Essa escuta também serve de subsídio para proposições parlamentares”.
Representante da Associação Ampara Mulher, Isabela Conde relatou uma crescente incidência de violência policial no Nordeste de Amaralina. Ela também afirmou que muitas mães não conseguem trabalhar porque as creches da região não estão matriculando crianças atípicas.
Vera Lúcia Machado Nogueira, representante da Associação dos Moradores da Nova República de Santa Cruz, localidade do Complexo do Nordeste de Amaralina, reforçou as denúncias de violência policial. “O Estado não está respeitando a comunidade. Inclusive, trabalhadores estão sendo atingidos por gás lacrimogêneo”, protestou. Ela solicitou que uma comissão de vereadores leve as reivindicações ao secretário estadual de Segurança Pública e ao comandante da PM-BA.
Miguel Sehbe, representando a Associação SOS Buracão, também fez um pronunciamento. A comunidade, situada em frente à Praia do Buracão, no Rio Vermelho, é contrária à construção de dois edifícios na área. Segundo a associação, um dos impactos seria o sombreamento da praia. A comunidade obteve uma liminar que suspende o alvará de construção.
Os moradores defendem o Projeto de Lei nº 318/2023, de autoria do presidente da Câmara, Carlos Muniz, que propõe a desapropriação dos imóveis para criação de uma praça na localidade.
Também apresentaram suas reivindicações na sessão as seguintes organizações: Associação de Blocos Circuito Mestre Bimba; Projeto Filhos da Terra; Associação União Santa Cruz; Coletivo Voz do Axé e Informe Nordeste; Associação dos Blocos de Carnaval do Nordeste de Amaralina; Grupo de Mulheres da Vila Matos; Grupo de Capoeira Casa Forte; e Instituto Entre Aspas.
Foto: Antonio Queirós-Divulgação CMS
