Morreu ontem, dia 11/9, o ex-presidente Alberto Fujimori, que governou o Peru por uma década em uma das gestões mais polêmicas da América Latina, tratava um câncer na língua. Ele foi condenado a 25 anos de prisão por crimes contra a humanidade e era acusado de corrupção e abusos dos direitos humanos.
Fujimori, que foi preso duas vezes por crimes contra a humanidade, deu um autogolpe e fugiu do país após acusações de corrupção e até de mentir sobre sua nacionalidade, estava internado em Lima em estado grave.
Em maio, Fujimori revelou que havia sido detectado um tumor maligno na língua. Em 2018, Fujimori disse também que tinha um tumor no pulmão. Além dos cânceres, o ex-presidente sofria de doenças como hipertensão crônica, gastrite, lombalgia crônica, artrose lombar e, recentemente, sofreu uma fratura no quadril. Ele deixa quatro filhos e cinco netos.
Horas antes da confirmação da morte, o médico pessoal do ex-presidente, Alejandro Aguinaga, disse a repórteres que Fujimori estava “lutando pela vida” e pediu que respeitassem a privacidade da família. Segundo informações, o político se encontrava em uma “situação delicada” de saúde há uma semana.
A morte ocorreu na casa da filha, Keiko, no bairro de San Borja, em Lima, onde ele recebia tratamento médico constante. Fujimori foi morar no local após ter saído da cadeia, em dezembro de 2023. Diversos familiares do ex-presidente visitaram a casa nesta quarta.
Segundo a mídia local, o Governo peruano prestará honras de Estado a Fujimori, “seguindo estritamente os protocolos estabelecidos pela chancelaria”.
A última vez que Fujimori foi visto publicamente foi em 4 de setembro, saindo de cadeira de rodas de um hospital privado. Na oportunidade, ele foi questionado por jornalistas se disputaria a eleição em 2026, conforme planejava. Sorrindo, Fujimori disse: “Vamos ver, vamos ver.”
Fonte: g1 e outros site
Foto: midias sociais