Iniciativa do NWGroup e realização conjunta com o Grupo Voga, Fermentec e apoio da Prefeitura de Rondonópolis, o 1º Fórum Mato-grossense de Negócios contou com a presença de 17 potenciais investidores que representam os setores financeiro, de tecnologia, imobiliário, sustentabilidade, serviços e do agronegócio. O objetivo do evento, que aconteceu nos dias 20 e 21, foi atrair investimentos para a cidade e região.
Na ocasião foram detalhados aspectos como logística, infraestrutura, potencial econômico e do agronegócio. O Fórum também contou com workshop, visitas técnicas e principalmente network entre quem já possui negócios e quem está estudando a região como polo de investimento.
A proposta do Fórum foi trabalhar para atrair novas empresas, identificar oportunidades, criando mais empregos para que a cidade esteja apta a se desenvolver. A estimativa é que até 2030, a produção agrícola da região seja o dobro da atual. Rondonópolis é a segunda cidade em arrecadação no Estado de Mato Grosso, destaque na exportação de grãos e sede do maior terminal intermodal da América Latina. Entre os focos de investimentos, estão os setores de tecnologia de irrigação, mercado financeiro, etanol de milho e novas tecnologias.
Consolidada como um ecossistema favorável para o desenvolvimento de empresas e indústrias, Rondonópolis foi a primeira a receber o Fórum de Negócio que prevê uma rodada por todo o Estado, visando alcançar as 11 cidades polo da região. A grande adesão e procura ao evento demonstra a crescente busca por informação por parte do empresariado local e, segundo os organizadores do fórum, o objetivo é compreender e atender cada vez mais essas expectativas.
“Vamos levar o fórum para outras cidades, respeitando as peculiaridades de cada uma, promovendo a troca de conhecimentos, estimulando o surgimento de novos negócios e oferecendo oportunidades para o desenvolvimento econômico ainda maior da região – que já é destaque nacional e internacional. A intenção é fazer com que a ponte já existente entre a região e o mercado nacional e internacional seja ainda mais utilizada.”, afirma Marcel Daltro, Diretor do NWGroup na região.
Economia crescente
A economia de Mato Grosso é a que mais cresceu no país desde o início do século. O Produto Interno Bruto (PIB) do estado aumentou a um ritmo de 5,42% ao ano de 2002 a 2020, conforme os dados mais atualizados do IBGE. É quase o triplo da velocidade da economia brasileira, que nesse período avançou 1,96% ao ano, em média. No mesmo período, o segundo e o terceiro estado que mais cresceram foram o Pará (4,65% ao ano) e Tocantins (4,6%).
Mato Grosso, que era a 15.ª maior economia do país no início do século, ocupa agora a 12.ª posição, conforme a estatística de 2020 do IBGE. E há motivos para acreditar que a ascensão não deve parar por aí.
A consultoria Tendências estima que, em 2021, o PIB mato-grossense avançou 2,4%, pouco menos da metade do crescimento nacional de 5%. Em 2022, porém, o estado voltou a crescer muito acima da média: 10,3%, conforme estimativa do Banco do Brasil, mais que o triplo do PIB nacional (2,9%). E, para 2023, o BB prevê expansão de 3,4% em Mato Grosso – para o país todo, a expectativa mediana do mercado financeiro é de alta de apenas 1%.
Boa parte da explicação para esse desempenho está no agronegócio, carro-chefe da economia local. O setor representa 56,6% do PIB do estado, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Este cenário está levando mais empresas a buscarem oportunidades na região. É um caminho que já foi trilhado por um dos maiores escritórios de advocacia do país, o Nelson Wilians Advogados, que abriu uma unidade no estado há 15 anos. E, mais recente, com a inauguração do NWGroup, empresa especialista em soluções empresariais e financeiras, pertencente ao grupo Nelson Wilians.
Segundo Daltro, responsável pelas unidades do grupo no Mato Grosso, o agronegócio está cada vez mais se profissionalizando e demandando mais serviços. “As empresas e famílias do setor estão procurando, cada vez mais, serem melhor assessoradas e adequadas as novas exigências do mercado nacional e internacional”, diz. Demandas que estão em alta, segundo ele, são ligadas a questões societárias, de ESG (ambientais, sociais e de governança), de compliance (controles de integridade e transparência) e de mercado de capital.