Por Zédejesusbarreto
O torcedor – com faixas e grito ensaiado – terminou pedindo, mais uma vez a cabeça do treinador Renato Paiva, o ‘mister’, o ‘gajo’, o portuga que até fez um bom trabalho, diga-se. O Bahia encarou o ‘Timão Paulista’, que vem numa crescente, jogou melhor a maior parte da partida, criou mais oportunidades de gol, atuou mais no campo adversário, a equipe bem postada, ocupando bem os espaços, lutou, brigou, mas … o gol não saiu. E futebol é gol. E técnico não faz gol, não chuta.

  Falta ao elenco do Bahia o ‘craque’, aquele talento diferenciado que decide, e atacantes (sobretudo um centroavante) com faro, sede de gol, alto, rápido, forte, brigador, marrento… Na primeira etapa, por exemplo, o Bahia finalizou 9 vezes (algumas chances claras desperdiçadas), o Corínthians apenas uma. Mesmo na segunda etapa, quando as ações foram mais equilibradas, Cássio trabalhou bem mais que Marcos Felipe – que mais apreciou o jogo.

 Com o resultado, o Tricolor tem 14 pontos, continua na boca da zona de degola. Estamos quase na metade da competição. Rodada que segue…

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 Na Fonte Nova

 – Boca de noite de sábado, tempo invernoso (25graus) mas sem chuvas, público quente (mais de 43 mil) nas arquibancadas, gramado em boas condições.

 – Antes do embate:  16ª rodada, o Bahia na incômoda 16ª colocação com 13 pontos ganhos, há quatro jogos sem triunfo no campeonato. O Corinthians, numa posição acima, com 15 pontos ganhos, numa ascendente sob comando do esperto Luxa; o time paulista numa de sequência de quatro vitórias consecutivas – contando Copa do Brasil e Sul-americana.

 – O Bahia/City em campo com camisetas azul-bebê, calções brancos; O Corínthians de preto&branco.  

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 Com bola rolando …

 – Os visitantes começaram à vontade, tentando surpreender, linhas adiantadas, marcando a partir da frente, dificultando a saída de jogo do Tricolor, atacando. O Bahia cauteloso, mas foi se soltando aos poucos. Aos 6’, após um vacilo defensivo corintiano, Cauly arrematou da entrada da área, rasteiro, a bola a um palmo do rodapé de Cássio. Na sequência, nova tentativa de Cauly, pelo alto. Igualou.

 – O Bahia tomou as re´deas da partida, atuando mais no campo adversário, criando boas oportunidades na frente e sem sofrer atrás. Aos 27’, após boa trama coletiva, Thaciano chutou, travado pela zaga.  Ademir, aos 28’, livre na área, arrematou de canhota, pra fora. Aos 31’, Thaciano recebeu na área, livre e frente, pegou mal na bola, fora. Foi o melhor momento do Tricolor – com 7 finalizações, e apenas uma do ‘timão’.  

 – Olhe o VAR! Aos 45’, blitze tricolor e o chute de Cauly bateu supostamente no braço, na sovaqueira de Giovanni; o árbitro marcou o pênalti mas o VAR chamou, ele foi ver na telinha e anulou a marcação.

   Um bom primeiro tempo Tricolor, bem postado, com mais volume de jogo e mais oportunidades criadas, só que o gol não saiu. Falta o finalizador, o craque que define, o centroavante com fome de gol. O Corínthians é um time rodado, com atletas muito experientes, defende-se bem e tem um treinador malandro, esperto. Uma segunda etapa aberta, pois.  Futebol é bola na rede, só conta o gol, no final.  

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– Depois da merenda…  Adson e Ruan foram as novidades em campo, pelo Corínthians, Luxemburgo rejuvenescendo a equipe, pondo mais fôlego. Partida retomada com a mesma intensidade. Os paulistas mais adiantados, com uma pegada mais forte no meio de campo. Aos 6’, boa tentativa de Gilberto, batendo forte, por cima, assustando Cássio. Um recomeço bastante corrido. E franco. Muito equilibrado.

 – Aos 19’, bom chute de Everaldo, desviou na zaga e passou raspando.  Contragolpe perigoso do Timão após vacilo de Ademir, três contra dois, Gabriel Xavier salvou. Ufa.

 Substituições de lado a lado, os treinadores querendo o gol. Sem predomínios, tempo passando, a disputa acontecendo mais pelas intermediárias, poucas chances de gol, chegando os 40 minutos, a hora crítica.  

 – Aos 41, após bola alçada de falta, Gil ganhou de cabeça e Maykon  finalizou, mas o bandeira/auxiliar flagrou impedimento de Gil, gol anulado. O Bahia respondeu num contragolpe, Cicinho tentou de bico, Cássio fechou, catou no chão. Mais seis minutos de acréscimos. Aos 46’, Thaciano chegou a encobrir o goleiro Cássio, Fausto salvou em cima da linha, a boa entrando… O Bahia entrou tabelando no último lance, pelo meio, Cauly arrematou da meia lua, Cassio defendeu.  Seis minutos de acréscimo, bolas alçadas pelos paulistas, a defensiva baiana dessa vez não cochilou e nada de gol.

   A torcida, no final, pediu a cabeça de Paiva…  não dá pra entender, porque como equipe em campo o time foi bem, mostrou bom padrão, até dominou a maior parte do jogo. Parece algo programado, dirigido.

– Chama quem? Joel Santana ou Guardiola?  

  Um bom espetáculo, digno de um clássico, duas equipes de massa. Faltou o gol.  

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 Destaques

 A boa postura coletiva do Bahia, com mais volume de jogo, aplicação. Boa estreia de Gilberto, Kanu e Gabriel Xavier, Thaciano, Cauly …

  O Corínthians é o Timão, não é nenhuma galinha morta.  

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Ficha Técnica

– Bahia: Marcos Felipe, Gilberto (Cicinho), Gabriel Xavier, Kanu e Matheus Bahia (Ryan); Rezende (Yuri), Acevedo, Thaciano e Cauly; Ademir e Everaldo (Mingotti). Técnico: Renato Paiva.

– Corínthians: Cássio, Fagner (Adson), Gil, Murillo, Bruno (Fausto) e Fábio Santos (Caetano); Fausto Vera, Giuliano (Ruan) Renato Augusto (Maykon); Matías Rojas (Biro) e Yuri Alberto. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

– Árbitro: André Luiz Skettino Policarpo Bento,

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 O Tricolor volta a campo no domingo, dia 30; encara o São Paulo no Morumbi, às 11h, pela 17ª rodada.

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 O Leão líder

 Pela Série B, na próxima segunda-feira, dia 24, o Vitória defende a liderança no Barradão, às 19h, contra a Chapecoense – é a 19ª rodada, a última da primeira fase, espécie de 1º turno da competição. Casa cheia, a torcida rubro-negra está empolgada.

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Copa feminina de Futebol/FIFA 

– Evento naAustrália e Nova Zelândia, do outro lado do mundo, com 32 seleções. A competição começou na quinta-feira passada, em andamento a primeira rodada da fase classificatória…

 O Brasil estreia na segunda-feira (dia 24) às 8h da manhã, hora de Brasília, contra a seleção do Panamá. Na chave brasileira constam ainda a ótima equipe da França e a desconhecida Jamaica. Começar vencendo e convencendo é fundamental.

Foto: Felipe Oliveira – EC Bahia