Por Victor Pinto
Embora sindicalistas e militantes do PSB defendam a indicação do vereador Sílvio Humberto como vice na chapa de Geraldo Júnior, pré-candidato a prefeito de Salvador pelo MDB, surgem dúvidas quanto a essa escolha. O motivo principal é que Sílvio é considerado um puxador de votos do PSB na eleição proporcional, o que levanta questionamentos sobre o impacto dessa decisão no desempenho eleitoral do partido. Além disso, há incertezas sobre o peso político do PSB para indicar o vice, especialmente após ter ocupado essa posição na chapa do PT em 2020.
Durante o encontro realizado na sede do partido, na última semana, foram discutidos projetos para Salvador, com base no programa de governo apresentado pelo PSB a Geraldo Júnior. Para alguns membros do partido, como a presidente do diretório municipal, Cássia Magalhães, Sílvio Humberto representa a unidade do PSB e trabalhará em prol dos interesses da população da capital baiana.
A deputada federal Lídice da Mata (PSB), que antes, em entrevista à Tribuna, deixava no colo do PT a possível indicação, agora coloca o nome de Sílvio, diante dos novos contextos locais, nessa disputa da vice. Em entrevista recente que me concedeu no Boa Tarde Bahia, na Band, relativizou a indicação petista ao dizer que, agora, os socialistas surgem com um nome antes colocado como pré-candidato a prefeito.
Para Lídice e no meu entendimento também, cabe uma reunião do Conselho Político para o assunto ser sacramentado. Importante lembrar que nem coordenador oficial da futura campanha Geraldo Júnior ainda tem. O PT teria para oferecer a secretária Fabya Reis, nome ainda não descartado, mas que perdeu força diante da falta de capilaridade nunca testada antes na urna soteropolitana.
Diante dessas considerações, permanece a incerteza sobre as motivações de Sílvio Humberto para aceitar a indicação como vice na chapa de Geraldo. Fica a dúvida se ele estaria disposto a trocar um mandato efetivo por um possível salto de incerteza política, pois a possível vitória para o Palácio Thomé de Souza só descobriremos, caso ocorra no primeiro turno, dentro de 209 dias ou se estaria buscando novas oportunidades, como uma candidatura a deputado em 2026. Há quem diga que Sílvio teria cansado dos mandatos sucessivos na CMS e estaria disposto a partir para novos desafios.