‘O racismo continua a devastar vidas de maneira cruel e desumana’, diz Ireuda Silva

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Na última semana, um vídeo viralizou nas redes sociais, trazendo à tona um episódio que reflete de maneira contundente o impacto devastador do racismo no mundo. No dia 25 de maio, uma menina negra foi filmada aos berros, defendendo sua mãe de uma acusação injusta de furto em uma loja de luxo da Moncler, localizada na Price Street, em Nova York. Nas imagens, a criança, que aparenta ter aproximadamente dez anos, grita desesperada: “Pela minha alma, deixem minha mãe em paz!”.

Este incidente chocante é mais um lembrete de que o racismo continua sendo uma realidade brutal e inaceitável. A presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e vice da Comissão de Reparação, vereadora Ireuda Silva (Republicanos), se pronunciou com veemência sobre o ocorrido, algo que se repete no mundo todo, a começar pelo Brasil.

“Quando uma criança precisa gritar em defesa de sua mãe, é sinal de que falhamos como sociedade. O racismo não apenas persiste, mas continua a devastar vidas de maneira cruel e desumana”, declarou a vereadora. “A descrição da suspeita pela polícia, baseada em estereótipos raciais, e a detenção injusta de uma mulher inocente apenas por ser negra é um reflexo direto da discriminação sistêmica enraizada em nossa sociedade.”

No vídeo, enquanto uma voz no rádio policial descrevia a suspeita como uma mulher negra com tranças longas, vestindo uma camiseta branca e um boné de beisebol branco, a mulher detida era negra, mas estava usando um vestido de cor clara e seu cabelo estava preso, sem tranças. Este descompasso entre a descrição e a aparência real da mulher sublinha a natureza preconceituosa e muitas vezes imprecisa das abordagens policiais baseadas na cor da pele.

“Esse caso nos lembra que o racismo não é um problema distante ou restrito a um único país. Ele está presente no Brasil, nas Américas e em todo o mundo, afetando diariamente a vida de milhões de pessoas negras”, acrescentou Ireuda Silva. “No Brasil, enfrentamos nossa própria luta contra a discriminação racial, que se manifesta de maneiras igualmente cruéis, seja na violência policial, nas desigualdades socioeconômicas ou na marginalização cultural.”

Ireuda reforça a necessidade de uma reforma profunda nas práticas policiais e no sistema judicial. “Precisamos de uma mudança sistêmica urgente. As autoridades devem ser treinadas para abordar todas as pessoas com dignidade e respeito, sem preconceitos. Além disso, é imperativo que as políticas públicas sejam voltadas para a promoção da igualdade racial e para a erradicação do racismo estrutural.”

Ireuda Silva conclui seu posicionamento com um chamado à ação. “Não podemos permitir que mais crianças tenham que crescer com o trauma de verem seus pais serem injustamente acusados e humilhados. É nossa responsabilidade coletiva lutar por um mundo onde todos, independentemente da cor de sua pele, possam viver com dignidade e justiça.”