Por Zédejesusbarreto
A Copa do Mundo de Futebol/FIFA 2026, que acontecerá com 46 seleções em cidades dos EUA, México e Canadá, começa para o Brasil nessa sexta, dia 8 setembro, às 21h30, em Belém do Pará. No Estádio Mangueirão, a seleção brasileira, agora treinada por Fernando Diniz, estreia nos jogos eliminatórios sul-americanos contra a Bolívia, primeiro jogo oficial do escrete depois da malfadada ‘era Tite’ e do fracasso na Copa do Catar/2022. Depois tem o Peru.
No ‘batismo’ de Diniz, poucas novidades. A volta, mais uma vez, do astro-celebridade Neymar, há meses sem disputar uma partida inteira depois de uma delicada cirurgia no pé e a badalada ida para o futebol árabe, paraíso dos petrodólares e nova meca dos boleiros em fim de carreira. Pela disposição do treinador, mesmo fora de ritmo e com as bochechas gordas, o festejado Neymar deve atuar, com a expectativa de que marque um gol e supere Pelé em números oficiais de gols marcados com a camisa ‘canarinho’.
A seleção de Diniz mantém a base das equipes convocadas e escaladas por Tite – foi o rei dos amistosos mas não jogava contra equipes europeias e fracassou em duas copas, na Rússia e nas Arábias. De diferente agora, de vera, a ausência de Paquetá – envolvido com denúncias de apostas – e um certo Anthony, esse seriamente enrascado num processo por agressões a sua ex-mulher ou namorada ou amante, sei lá. Coisa feia. Ambos hoje jogam na Inglaterra.
O tic-tac do Diniz
No mais, devemos ver mudanças no estilo de jogo, a despeito do escasso tempo de treinamento. Diniz teve três, quatro dias de encontros com os atletas convocados, só. É muito pouco para que a ‘nova equipe’ tenha assimilado o jeito ‘guardioliano’ de jogar que Diniz aprecia e implanta nos times que treina, priorizando a troca de passes desde a saída defensiva – usando muito goleiro e zaga – e a posse de bola no campo inteiro : ‘que tem a bola joga, tem o domínio das ações e corre menos riscos’.
Assim é na teoria. Dentro de campo é preciso técnica, precisão nos passes e aplicação, garra, vontade de brigar pela bola sempre que ela tiver na posse do adversário. Na frente, diante do gol inimigo é o talento que decide. Vamos ver até onde vai a ‘era Diniz’. Virá mesmo o Ancelotti em junho de paroano? Juro que Diniz tá apostando em ganhar jogos e ficar em definitivo. …
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Leão curte liderança
No próximo domingo, pela 24ª rodada da Série B, o Vitória defende a liderança em Maceió, contra o CRB, no estádio Rei Pelé. O Leão está dois pontos à frente do atual vice-líder, o Guarani de Campinas e a três do Sport, que ainda joga na rodada. O CRB está pelo meio da tabela de classificação mas em fase de recuperação, voltou a vencer e briga pra chegar no seleto grupo dos quatro primeiros. É um time que joga duro e costuma ser mais competitivo em seus domínios, não será um jogo fácil.
Mas o Rubro-negro está em estado de graça, as coisas têm dado certo, acontecido de forma favorável em campo, o treinador sabe das limitações da equipe e explora bem o potencial de cada atleta. O Vitória não joga bonito, nem sempre joga bem, mas costume vencer mesmo assim, com boas estratégias: fechadinho, marcando duro, catimbando, cavando faltas, muita velocidade em contragolpes pelos lados, bolas alçadas de faltas e escanteios, bons cabeceios … bons treinamentos, jogadas bem ensaiadas. Tem dado resultado.
Entendo que a classificação está quase garantida, mantida a pegada, mas o torcedor quer o título da Segundona, bem possível, também. Seria o primeiro titulo nacional do clube, a turma de Leo Condé luta pra escrever o nome, fazer história.
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O cai-não cai tricolor
No Bahia, Série A, a história é bem outra. A briga é para não cair, faz tempo que a equipe bordeja a zona de degola, com atuações inseguras, falta de gols e irritação da torcida – regida pela mídia esportiva, radialistas sobretudo – com o treinador Renato Paiva, o míster, o gajo portuga de bom palavrório e resultados pífios no campo de jogo. O time até, às vezes, se posta bem, mostra volume do jogo mas finaliza mal, tem poucas opções ofensivas e, por cima, toma gols bobos. Série A não é para amadores, aprendizes … Paiva está pagando por desconhecer o futebol brasileiro, as equipes e o estilo de uma Série A.
Esta semana, depois do empate (sem surpresas, normal) com o Vasco na Fonte Nova, a tal ‘torcida uniformizada’ Bamor divulgou uma nota oficial ‘exigindo’ de Belintani e do City (os donos (? ) do Bahia), a demissão imediata do treinador. Quem viria? Um risco.
Pergunto, essa tal ‘Bamor’ não é a mesma que no ano passado apedrejou o ônibus do Bahia no Bonocô, indo pra um jogo na Fonte Nova, quase cegando o goleiro titular da equipe, ferindo outros atletas, um atentado criminoso cometido com a participação de dirigentes da tal ‘ torcida organizada’… todos os criminalmente envolvidos (comprovados) até agora impunes? Que moral essa gente tem de estar ‘exigindo’ queda de treinador?
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Entendo que nessa reta final cada jogo é uma decisão e a equipe precisa estar unida, vibrando energias positivas, com apoio de todo torcedor, com esse treinador ou qualquer outro. Uma queda pra Segundona, a essa altura, é inadmissível , mas com a campanha feita até agora… é também provável, sim.
O time tem sido mal escalado. Os centroavantes de ofício são fracos, de segunda: Everaldo e Mingotti, ambos ‘arame liso’. Palpito: – Por que não Ratão, mais aceso, enfiado pelo meio, com Biel aberto de um lado e Ademir do outro? No lugar de Cauly, machucado, entra o Juba, recém contratado e talentoso, boa canhota. Queria ver o Adriel no gol e Raul Gustavo na zaga, ao lado de Kanu. Razende e Acevedo são titulares absolutos no meio campo. E um pouco de sorte, de volta. Amém. Em tempo: – Paiva tem cara de azia, de derrota.
O Bahia joga na quinta da próxima semana, dia 14, à noite, contra o Coritiba, lá no Couto Pereira. Outro confronto de seis pontos, duríssimo, mas ‘quem tem medo de perder não ganha’, é pra pirão. No dia 18, uma segunda-feira, 20h, na Fonte Nova, o Tricolor recebe o Santos, outra guerra de foice no escuro. Haja coração. Recomendo Maracujina, antes, durante e depois.
Foto EC Vitória