Com força capaz de atingir categoria máxima em um intervalo de menos de 24 horas, o furacão Milton, que deve atingir Tampa, na Flórida, na madrugada de quinta-feira (10), é o terceiro com grande potencial de destruição que chega aos Estados Unidos em pouco mais de três meses. A sequência mostra o que pode ser a pior temporada de furacões da história.
No final de setembro, o furacão Helene atingiu seis estados americanos, deixando ao menos 200 mortos. Entre junho e julho, o furacão Beryl surgiu no Caribe e também atingiu intensidade máxima.
👉Segundo os meteorologistas, dois fatores têm favorecido a sequência de furacões que está sendo observada (entenda mais abaixo):
- Aquecimento dos oceanos, principalmente do Oceano Atlântico Norte
- Transição para o La Niña
Como se formam os furacões?
Os furacões – ou ciclones tropicais, como são chamados pelos meteorologistas – são sistemas de baixa pressão atmosférica. Isto é, grandes massas de ar que giram em torno de um centro de baixa pressão intenso, provocando condições climáticas adversas em grande escala.
Isso acontece porque o ar quente e úmido sobre o oceano sobe, criando a área de baixa pressão. O ar das áreas ao redor então, com maior pressão, se move para essa área, aquecendo-se e subindo também. À medida que o ar quente sobe e se resfria, ele forma as nuvens.Desse modo, todo o sistema de nuvens e ventos gira e cresce, alimentado pelo calor e pela evaporação do oceano.
Por isso, ciclones tropicais só se formam nas águas quentes do oceano próximas ao equador a pelo menos 5° – 30° de latitude norte ou sul da linha imaginária, onde a temperatura do mar é de pelo menos 27ºC.
Pior temporada de furacões
Apesar das temporadas de furacões ocorrerem anualmente nos Estados Unidos, o rápido aumento da intensidade desses fenômenos e a frequência com que eles têm se formado chama a atenção dos especialistas.
Os eventos recentes mostram o que pode ser a pior temporada de furacões da história, com fenômenos muito intensos e grande potencial de destruição.
Fonte: g1
Foto: midias sociais