Por Roberval Santos
Foi pelos idos de 2001 que a amiga Liane Baqueiro me convidou para trabalhar com a Banda As Meninas. Tínhamos tido grandes aventuras com o grupo de samba Os Piratas, ela como produtora, eu como músico. Uma parceria que começou no extinto Bar e Restaurante Stela Mares, na Pituba.
Digo aventuras, porque “aventuras” mesmo. Nós, os integrantes do grupo, aprontávamos muito! E ela se divertia… O réveillon de 1995, em Morro de São Paulo, dá um livro. O de 1996, também! Porém, o de 96 nós ficamos num lugar que era paradisíaco na época: Gamboa do Morro! Onde tivemos mais tranquilidade e privacidade para nos concentrarmos para a apresentação.
Foi neste grupo que tive o meu primeiro contato com o mundo profissional da música, como músico. Aprendi muito! Sobre disciplina, horários, tentar cumprir os compromissos, palco, iluminação, sonorização, produção etc… Apesar de a gente estar sempre aprontando das nossas, eu prestava atenção em tudo ao redor. Eram grandes palcos, participações e aberturas de grandes shows, gravações, televisão, rádio, reuniões (que até hoje detesto) para resolver várias questões, gente bacana, gente chata…
Apesar de ainda falhar como profissional, mesmo após o término do grupo, pude acumular bastante experiência para aplicar futuramente. Foi por conta dessa experiência que a amiga me fez o convite para integrar a produção da Banda As Meninas, sucesso em todo o Brasil. Era um desafio, mas topei a empreitada.
Já tinha tido experiências com outros grupos e artistas, mas não naquela dimensão, e não fazendo parte da produção. Até então, era tudo muito aqui em Salvador, ou uma ou outra viagem esporádica, como no carnaval de 1987, quando fomos tocar em Maringá, num trio elétrico, a “Banda Voou”, que tinha como fundador e produtor o querido amigo Itamil Araújo, irmão do meu compadre Ito Araújo. Figuraça! As histórias com Itamil dariam um seriado de um ano com exibições semanais.
Porém, com a Banda As Meninas, era uma equipe muito maior, não cabiam falhas e eu estava como responsável direto pela equipe e parte técnica da banda. Era tudo muito estudado, tudo muito planejado. Era um outro mundo! Viagens, aeroportos, alimentação, hospedagem, transporte do material, transporte da técnica, dos músicos, das artistas, logística de palco, de trio, montagem, passagem de som etc… ou eu me enquadrava, ou estaria fora. Agarrei a oportunidade com toda força.
Além da experiente e competente Liane, tivemos ao lado uma das melhores com quem já trabalhei: Adriana Carvalho! Eu estava longe, em qualquer lugar, no interior do interior, em Tocantins ou em outro qualquer lugar deste imenso Brasil com um problemão e ligava pra ela. Pronto, tudo resolvido. O codinome dela é “solução”!
Banda Voou, grupo de samba Os Piratas, Banda Flor de Maracujá, Banda As Meninas e Gabriel, o Pensador!
São muitas histórias… Muitos capítulos…
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Músico

