O ministro da Casa Civil e ex-governador da Bahia, Rui Costa (PT), se reuniu, na quarta-feira (3), com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para tentar se explicar sobre a delação premiada em que foi citado.
No acordo de colaboração premiada, a empresária Cristiana Taddeo, dona da Hempcare, falou sobre a negociação com o Consórcio do Nordeste para a venda de 300 respiradores na época da pandemia da Covid-19.
Segundo a jornalista Andreza Matais, do Uol, no encontro, Rui Costa disse se tratar de fato requentado para atingi-lo politicamente e que a situação à época exigia compra emergencial. O presidente, contudo, ficou incomodado a ponto de cancelar uma agenda pública para não ser fotografado ao lado do ministro, segundo um auxiliar próximo.
Procurada, a assessoria do ministro negou que ele tenha tratado do assunto com o presidente. Já o Palácio do Planalto afirmou que o cancelamento da agenda não tem relação com o episódio, mas com um compromisso de Lula que se estendeu.
De acordo com a colaboração premiada da empresária, que foi revelada pelo portal Uol, a venda dos equipamentos foi intermediada por um empresário que se apresentou como sendo amigo de Rui Costa e da então primeira-dama do estado, Aline Peixoto, atual conselheira do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM).
Aline era naquele momento funcionária da Secretaria de Saúde da Bahia. Taddeo revelou que pagou R$ 11 milhões em comissões aos intermediários, entre eles, o empresário Cleber Isaac, que teria facilitado o contato entre a empresa Hempcare junto ao Consórcio Nordeste. Isaac seria amigo de Rui Costa e de Aline Peixoto.
Do Uol/Correio24horas