Por Zédejsusbarreto
Sob um calor poucas vez visto e sentido na capital paulista, com muita determinação, boa estratégia tática e o apoio de mais de 60 mil sampaulinos nas arquibancadas, o São Paulo, treinado por Dorival Junior, empatou com o Flamengo (1 x 1) no Morumbi (tinha vencido de 1 x 0 no Maracanã) e sagrou-se pela primeira vez Campeão da Copa do Brasil, um título nacional que lhe garante na próxima edição da Libertadores da América. São Paulo em festa, conquista merecida e bem valorizada porque foi em cima do poderoso Flamengo, time de maior torcida do país.
Com o resultado, a vida do inquieto e contestado ‘professor’ Sampaoli à frente do Rubro-negro carioca está por um fio. O time, como equipe, perdeu muito de coletividade, sobrevive de lampejos individuais de Gerson, Arrascaeta, Pedro… e sobram marra e máscara.
Parabéns São Paulo.
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Antes de a bola rolar…
– Um domingo de primavera com céus e temperatura (36 graus) de verão na capital paulista, tarde de sol pleno, ambiente festeiro no Morumbi, arquibancadas lotadas (mais de 63 mil presentes), a torcida tricolor acreditando no título, que seria o primeiro do São Paulo na competição, gramado nos trinques.
– O time paulista precisava apenas de um empate para ficar com a Taça, já que no primeiro confronto, no Maracanã, diante de mais de 60 mil flamenguistas, deu São Paulo, 1 x 0, gol do argentino Calleri.
– A CBF, copiando o que acontece na Europa, promoveu uma ‘grande espetáculo’ de abertura, antes de a bola rolar, com exibições nos telões, uma réplica gigante do troféu da Copa do Brasil no gramado, camisas das equipes espalhadas, show de música e dança – bateria, coreografias… Hinos, protocolos, fumacê colorido e até a esquadrilha da fumaça riscando no alto azul.
– Careca, ex-ídolo do São Paulo, e Leandro, ex-ídolo do Flamengo, conduziram a Taça para o palco.
– No relvado, os donos da casa com seu uniforme de camisetas brancas com detalhes em preto e vermelho, calções e meiões brancos; e o Flamengo de rubro-negro total.
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Com bola rolando…
– Os cariocas começaram em cima, tentando surpreender, acelerando, linha de marcação avançada, dificultando a saída de jogo sanpaulina. Pior, logo aos 7 minutos, o zagueiro equatoriano Arboleda sentiu uma lesão muscular e deu lugar a Diego. Sem dúvida, uma perda de qualidade, um desfalque, bem cedo. Os paulistas marcando, sem pressa.
– A primeira grande chance aos 18’ minutos, com Gerson recebendo na área, cortando o marcador e finalizando de canhota, meio desequilibrado, para a abafada do goleiro Rafael. O São Paulo respondeu com duas pontadas perigosas de Caio Paulista e Calleri. Ações equilibradas. Aos 25’, para técnica para reidratação dos atletas. Arbitragem rigorosa com os jogadores paulistas – 3 cartões amarelos, dois por reclamações, outro por um pé alto. Na retomada, o São Paulo cresceu.
– Aos 36’, trama tricolor, Rato bateu de canhota da entrada da área adversária, pelo alto, assustando o goleiro argentino Rossi. Aos 37’, uma bicicleta de Lucas Moura passou rente à trave de Rossi. Aos 39’, Calleri perdeu boa chance, de cabeça. Bons momentos do tricolor paulista, trançando bem, Lucas fazendo a diferença. Aos 40’, Pedro arriscou de longe, colocado, bola por cima, assustando Rafael, que voou nela, em vão.
– Gol! 1 x 0 Flamengo, aos 44 minutos. Gerson, Pedro, Pulgar recebeu livre projetado na direita e bateu cruzado, rasteiro, a bola bateu na trave, do lado oposto, no corpo de Bruno Henrique que chegava e entrou.
A disputa pelo título estava empatada. Mas…
– Gol! 1 x 1 São Paulo, aos 49’. Um golaço de Nestor, pegando de primeira, de longe, um rebote defensivo – um soquete do goleiro Rossi depois de uma bola alçada na área do Flamengo. Belo chute.
A primeira etapa foi bem parelha, empate justo no placar. No agregado, o time paulista na frente (2 x 1). Lucas, Nestor e Gerson foram os destaques individuais.
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Segunda etapa, 34 graus de temperatura.
– O mesmo desenho do primeiro tempo, o Flamengo recomeçou aceso, atacando, apertando na frente. O São Paulo amaciando, quebrando o ritmo, valorizando a posse de bola, o empate lhe era favorável. Aos 8’, Gerson limpou da entrada da área e sapecou de canhota… a bola desviou na zaga, foi a escanteio. Os cariocas tomando a iniciativa, os paulistas fechados, gastando tempo, reativos.
– Aos 20’, substituições: No Flamengo, Luiz Araújo (saiu Tiago maia), uma mudança ofensiva. Gabi e Wellington no São Paulo, saíram Alisson e Caio Paulista. Os paulistas, com o calor, pareciam bem mais desgastados em campo. Aos 25’, Sampaoli lançou Gabigol, saiu Pedro. Outra parada para reidratação. Um ritmo de jogo mais cadenciado, de parte a parte.
– Aos 33’, Pulgar tentou de muito longe, com perigo. Dorival Jr chamou Luciano e Michel Araújo, tirando Rato e Nestor, exaustos. No Flamengo, Everton Ribeiro no lugar de Arrascaeta e Vitor Hugo substituiu Gerson. A qualidade técnica caiu com o tempo e o desgaste físico dos atletas. Bateu 40’, raros lances de área, ninguém arriscava muito.
– Aos 41’, Lucas Moura arrancou pelo meio, rompeu a marcação e deixou Luciano de cara, o chute saiu mascado, travado, pra fora – a melhor chance de gol do segundo tempo, até ali. A torcida paulista já começava a festejar. Ao Flamengo cabia ir para o tudo ou nada, tentar de tudo. A arbitragem acrescentou 8 minutos ao tempo regulamentar. Aos 46’, Luciano recebeu em profundidade, pela esquerda, arrematou na rede, por fora. Aos 50’, Vitor Hugo fez boa jogada individual e bateu forte, no canto, rasteiro, para defesa do goleiro Rafael, no rodapé. E nada mais aconteceu além de canganchas rotineiras.
São Paulo campeão, merecidamente.
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Destaques no time campeão: o zagueiro Beraldo, clássico. Caio Paulista, Nestor, Lucas, Calleri, a aplicação e vontade de todos. Parabéns ao ótimo treinador Dorival Jr.
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Ficha Técnica
– O São Paulo de Dorival Jr: Rafael, Rafinha, Arboleda (Diego Costa), Beraldo e Caio Paulista; Pablo Maia e Alisson; Wellington Rato, Lucas, Nestor; Calleri.
– O Flamengo de Sampaoli: Rossi, Wesley, Fabrício, Leo Pereira e Ayrton Lucas; Pulgar, Tiago Maia, Gerson e Arrascaeta; Pedro e Bruno Henrique.
– Arbitragem de Santa Catarina. No apito, Braulio da Silva machado, com o auxílio do VAR…
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Seleção Brasileira
O técnico interino (?) Fernando Diniz anunciou a lista de jogadores convocados para os jogos contra a Venezuela – dia 12 de outubro, na Arena Pantanal – e o Uruguai, no Estádio Centenário, Montevidéu, dia 17. Compromissos valendo pontos pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, a ser disputada na América do Norte por 48 seleções.
– Goleiros: Éderson, Alison e Lucas Perri.
– Laterais: Danilo, Vanderson, Lodi e Caio Henrique
– Zagueiros: Marquinhos, Gabriel, Nino e Bremmer
– Meio-campistas: Casemiro, André, Bruno Guimarães, Rafael Veiga e Gérson
– Avantes: Neymar, Rodrygo, Vini Jr, Richarlison, Raphinha, Gabriel Jesus e Matheus.
A grande novidade é a escolha do meia Gérson, do Flamengo – marrento, rodado, estiloso e bom de bola.
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Foto: EC São Paulo