Por Gilson Nogueira
Sou do tempo em que usar trocadilho em jornalismo tinha o efeito de uma bomba atômica na cabeça de quem o fazia. Na redação da velha TB ensinava-se jornalismo todos os dias no fazer diário do jornal que modernizou a imprensa da terra de Ruy Barbosa. Entre os cobertores da saudade, nesta noite fria de sexta-feira agostiana, passeio na Internet em ritmo de saudade boa de sentir. A saudade dos velhos tempos da labuta diária na produção do jornal do dia seguinte faz o repórter de sempre chorar em silêncio, aquele silêncio de acordar os anjos na redação do céu, ao lembrar da turma do veículo impresso que inaugurou a técnica do lead no pedaço de Batatinha, um sambista imortal..
“E aí, cara pálida, qualé a sua?”, perguntaria o chefe da redação do céu ao ver-me lá de cima tocando com a ponta do dedo indicador da mão direita no teclado do celular que o velho repórter comprou na Cidade Maravilhosa. A saudade boa de sentir quer pedir a Deus para melar a vitória de um sujeito voltar a sentar na cadeira de presidente da maior democracia do planeta. ” Como assim, Gilsão.”, perguntaria o inesquecível Adelmo Mota, colega e amigo que partiu cedo, por conta de uma fatalidade, para a Redação do Infinito . Eu lhe diria: ” O americano adora emoções fortes! ”
Tomara que o inventor do chicletes pense duas vezes ao votar para o próximo presidente do seu país. O futuro do mundo depende deles.
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Jornalista