A Lavagem do Bonfim atrai turistas e provoca sempre um sentimento de emoção em quem vem de fora para acompanhar tanto a manifestação religiosa quanto a parte lúdica do evento. Em meio à multidão, gente de todos os cantos do país e do mundo se juntam num momento de louvor e fé que marca essa que é uma das maiores festas populares do estado. O professor colombiano Dario Sanchez, 55 anos, veio sozinho a Salvador para ver de perto a celebração e ficou muito encantado.
“Como tudo na Bahia, está tudo muito bonito por aqui. A melhor parte foi apreciar a saída da imagem do Senhor do Bonfim. Eu participei de uma procissão de Semana Santa em Sevilha, cidade espanhola, e foi muito bonito também, com a saída da Virgem e de outros santos. Aqui é diferente, porque há um encontro de diversos movimentos, diversas culturas e uma multidão que participa e se veste de branco. Apesar da grande concentração, percebi que a festa está bem e tranquila. Eu cheguei terça passada (9) e retorno para a Colômbia sábado (13)”, revelou.
O professor universitário paulista Eduardo Reis, 41, acompanha o evento desde 2015, mas diz que sempre se admira com o cortejo, fazendo questão de retornar no ano seguinte. “Eu acho que a Lavagem é um momento de entender como a cidade celebra e reverbera a sua fé, a sua potência e tradição. É uma época e lugar bacana de a gente poder também refletir, e se rever”, opinou.
Presente no evento pelo segundo ano, a brasiliense Kátia Frota, 49, definiu a Lavagem como uma festa abençoada. “É uma festa linda e para a gente é emoção total. Eu acho uma festa maravilhosa e muito abençoada. A gente sai daqui muito energizada”, conta ela, que integrou um grupo de mulheres percussionistas durante a manhã.
Assim como o colombiano Sanchez, o personal trainer Mateus Lucena, 27, conta que participou pela primeira vez na Lavagem. Ele fez questão de colocar melhor roupa e se reuniu com um grupo de amigos para curtir a festa. “Vim para curtir a Lavagem e apreciar a beleza desta festa que antes eu só via por imagens. Estou achando ótimo”, contou ele, que utilizou gratuitamente o Elevador Lacerda para acessar a Cidade Baixa. “Foi muito massa poder contar com o serviço gratuito, ao mesmo tempo um cartão-postal de Salvador, e neste dia tão especial”, avaliou.