Ultradireitista Javier Milei é novo presidente da Argentina

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O candidato de extrema-direita, Javier Milei, ganhou, ontem (19) as lições presidenciais na Argentina, garantindo seu mandato pelos próximos quatro anos. Com 98,21% das urnas apuradas, sua vitória é matematicamente assegurada, com 55,75% dos votos, superando os 44,24% do candidato governista e atual ministro da Economia, Sergio Massa.

Ao votar durante a tarde, Milei afirmou que “tudo o que precisava ser feito já foi feito” e que era hora de as pessoas se expressarem, “apesar da campanha do medo”. O candidato da coalizão La Libertad Avanza destacou a importância deste momento como uma oportunidade de esperança para evitar o que ele descreveu como a “continuidade da decadência”.

Economista de formação, Milei é conhecido por ser um candidato antissistema em um país assolado por uma grave crise econômica, com a inflação atingindo 142,7% nos 12 meses encerrados em outubro. Suas propostas incluem a dolarização da economia e a extinção do Banco Central argentino para combater a inflação, embora tenha suavizado outras promessas no segundo turno, garantindo que não privatizará a saúde e as escolas públicas.

Ganhando destaque como comentarista econômico em programas de televisão, Milei se autodeclara amante de cães, e a mídia argentina relata que ele possui vários clones de um cachorro que viveu de 2004 a 2017. Apesar de ter se aliado a políticos da direita tradicional no segundo turno, como o ex-presidente Mauricio Macri e a candidata derrotada Patricia Bullrich, o novo presidente atraiu principalmente os votos dos mais jovens ao se posicionar contra os políticos tradicionais, a quem se refere como “a casta”.

Durante a campanha, Milei foi comparado a figuras políticas como o ex-presidente norte-americano Donald Trump e o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro. O futuro presidente argentino se autodefine como libertário e anarcocapitalista, defendendo ideias polêmicas, como a comercialização de órgãos e a livre venda de armas. No segundo turno, ele criticou o Papa Francisco, a quem chamou de comunista.

Com agências