Um Brasil renovado vence Inglaterra em Wembley com gol de Endrick

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Por Zédejesusbarreto
De treinador novo, com uma equipe toda renovada, rejuvenescida, a Seleção Brasileira voltou a vencer (1 x 0) num amistoso com cara de jogo oficial, em Londres, contra a poderosa Inglaterra, que não perdia desde a Copa do Mundo em 2022. E o gol foi bem simbólico, do menino Endrick, de apenas 17 anos.

  Todos os méritos para o treinador Dorival Jr, ousado, apostou numa renovação total, desde o goleiro até a linha avançada. Uma oxigenação arriscada mas que deu certo, vimos um Brasil extremamente competitivo, veloz, objetivo, sem invencionices. Vimos uma nova seleção, um lampejo de esperanças. Muita entrega individual, muita aplicação tática, com honra e respeito a uma camisa que, afinal, é penta campeã do mundo.  

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 Em Wembley /Londres

 Noite na capital inglesa, sem chuvas, público lotando as arquibancadas (mais de 82 mil presentes), presença de torcida brasileira, relvado tapete, duas equipes gigantes do futebol mundial em campo – a Inglaterra onde nasceu o futebol profissional, uma copa conquistada (1966), e o Brasil, maior campeão da latino-américa, com cinco títulos mundiais (1958, 62, 70, 94 e 2002).

 Uma seleção brasileira inteiramente renovada, alguns jogadores até desconhecidos de boa parte da torcida, técnico debutante, atletas estreantes com a camisa da seleção, em campo com o padrão azul – beca nova, estilosa; os Súditos do Rei, em casa, no templo maior do futebol inglês, de camisetas brancas.    

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Com bola rolando …

–  Os donos da casa começaram marcando forte, desde a frente, chegando com perigo em lances de bola parada (faltas alçadas), dificultando a troca de passes brasileira. A nossa seleção com problemas óbvios de entrosamento e aquele nervosismo inicial. Aos 8’, primeira tentativa dos visitantes, um chute de meia distância de Rodrygo, Pickford catou no chão.

– Aos 11’, Paquetá fez ótimo lançamento para Vini jr, que ficou de cara e perdeu, chutou fraco, Walker salvou, o goleiro já vencido. Aos 15’, o mesmo Vini jr penetrou, pela esquerda, tentou o driblem no marcador e caiu, pedindo pênalti, simulação. Logo depois, Rodrygo arriscou, chutou fora. O Brasil se assentou e chegou bem na frente.    Aos 17’, os ingleses responderam com Watkins, que ficou de frente mas foi travado pela zaga e chute saiu por cima. Aos 19’, Walker, o lateral capitão, saiu machucado, sentindo a coxa, entrou Konsa.

 A partida ganhou ritmo de jogo a vera, disputado, pegado, ofensivo, aberto, lá e cá, bom de ver. Gordon arriscou, aos 26’, a bola desviou na zaga, passou perto. Os ingleses voltaram a pressionar, bem dotados fisicamente, levantando bolas na área brasileira.  – – Aos 34’, blitz brasileira, Paquetá acertou a trave de Pickford. Aos 36’, chute de Folden, Bento catou bem, no chão. Gordon, aos 40’, visou o canto, rasteiro, Bento espalmou bem. Aos 41, após um vacilo de Maguire, Raphinha bateu no canto, a bola riscou a trave e saiu.

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 Uma primeira etapa bem acima das expectativas para um amistoso. Brigado e bem jogado, parecendo jogo de copa. Uma seleção brasileira renovada, ainda desentrosada mas bem competitiva, aplicada, objetiva. Equilíbrio de ações.

Individualmente, destaque para Paquetá (mas cometeu muitas faltas), Rodrigo, Fabrício nas bolas altas, a aplicação de João Gomes e Bruno Guimarães, a postura e posicionamento do jovem Beraldo…  Na Inglaterra, a elegância de Bellingham.

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– Segunda etapa: As mesma equipes de volta, os treinadores gostaram do que viram, pois. Aos 4’, mais uma falta alçada, os robustos ingleses ganharam pelo alto, Bento salvou. O mesmo panorama, bem jogado, ofensivo, agora num ritmo menos intenso. Aos 13’, Stones arriscou de longe, assustou. Aos 17’, bela finalização de canhota, de prima, pelo alto de Paquetá; o goleiro saltou a bola passou rente ao travessão(seria um golaço!).

 Bem jogado, corrido, mas os gols não saíam. Então, a partir dos 20min começaram as substituições – Dunk, Bowen e Gomez em campo, pela equipe inglesa. Na sequência, no Brasil, Endrick e Andréas (saíram Paquetá e Rodrygo, que jogaram muito). Rashford e Maino, no time inglês, na sequência.  Savinho e Douglas Luiz, no Brasil, nos lugares de Raphinha e Bruno Guimarães.

– Gol ! 1 x 0 Brasil, aos 35 min. Andréas enfiou para velocidade de Vini Jr, que encarou o goleiro e tocou de lado; o menino Endrick, 17 anos, abençoado, não perdoou.

 Depois dos 40’, já no intuito de segurar o bom resultado, Dorival Jr colocou em campo Pablo Maia e Bremmer. Nos minutos finais os ingleses foram todos pra frente, naquela pressão final, o tudo ou nada, bolas na área adversária… Aos 49’, ótimo contragolpe brasileiro, em alta velocidade, Endrick finalizou mas Pinkford brilho, evitando o segundo. Foi o último lance.

 E o Brasil voltou a vencer, festa verde-amarela-azul e branco em Wembley, Londres.

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Destaques

– Ah, dia inesquecível na vida do menino Endrick, fazendo seu primeiro gol com a camisa titular do Brasil, em Wembley. Paquetá, Rodrygo, o miolo de zaga – Fabrício e Beraldo, João Gomes, Bruno Guimarães… e o tranquilo goleiro Bento.  Nas laterais, o veterano Danilo melhor que Wendell. Abaixo do esperado Raphinha e Vini Jr (esperávamos mais deles).

 Nota especial para o treinador Dorival Jr; Não poderia ter sido melhor sua estreia, pondo em campo uma equipe nova, sem tempo de treinamento, mas competitiva, jogando bola. E não foi um triunfo em cima de qualquer adversário, foi sobre a Inglaterra, que estava invicta há muitos jogos, desde a Copa nas arábias. Esperanças!   

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Escalações

– A Inglaterra do treinador Garreth Southgate: Pickford, Walker, Stones, Maguire e Chilwell; Rice, Callagher, Belligham; Folden, Watkins e Gordon. 

– O novo Brasil do estreante Dorival Jr: Bento, Danilo, Fabrício, Beraldo e Wendell; J Gomes, Bruno Guimarães, Paquetá e Rodrygo; Raphinha e Vini Jr.

Arbitragem do português Artur Manoel Soares Dias. Com VAR.

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 Na próxima terça-feira, Espanha x Brasil, no Santiago Bernabeu, em Madri.

Foto: CBF/Rafael Ribeiro