Um Vitória medroso perde para o Juventude de Nenê

Por Zédejesusbarreto
Um Leão muito tímido na primeira etapa e acuado até levar o gol, já no segundo tempo, marcado pelo ‘eterno’ Nenê. Só então o Rubro-negro saiu pro jogo e buscou o empate que não saiu. Com o resultado, o time baiano terminou a partida em quarto lugar mas a 15 ª rodada ainda segue e algumas equipes concorrentes se aproximam e já ameaçam sua posição. A equipe de Leo Condé entrou muito encolhida, buscando claramente o empate no Sul, mas…

*

 Em Caxias do Sul/RS

– Tarde de domingo, tempo limpo, temperatura de 17 graus na serra gaúcha, arquibancadas do Alfredo Jaconi com muitos vazios, público miado, presença de rubro-negros, e um gramado bonito, bem tratado.

–  O Vitória em campo lutando para se manter entre os quatro primeiros – é o quarto colocado com 28 pontos; o Juventude querendo subir na tabela, encostar no grupo dos quatro de cima – tem 21 pontos, em 8º lugar.

    – Uniformes: o time da casa de verde e branco, camisas com listras verticais; o Leão baiano inteiro de branco, com detalhes em vermelho e preto.

*

 Com bola rolando …

 – Os donos da casa começaram fogosos, mas o Vitória não se encolheu, encarou. Muito parelho, disputado, corrido mas até os 15 minutos nenhum chute, nenhum trabalho para os goleiros. O rubro-negro explorava a velocidade de Nem e Osvaldo, nos contragolpes e o Juventude as bolas paradas, alçadas pelo veterano e malandro Nenê.

  – Trinta minutos e nenhuma chance de gol, nem pra lá nem pra cá.  Aos 36’, a primeira tentativa, de Nenê, chutando colocado de canhota, cobriu a trave. Na reta final, o time da casa trabalhou mais no campo inimigo. Aos 48’, Nenê bateu escanteio fechado e Lucas Arcanjo salvou de soco o gol olímpico. Só.

 Enfim, uma primeira etapa de muito suor e pouca ousadia. O Leão defendeu-se bem mas não atacou.

*

 Com uma mudança, de centroavante novo, o Juventude voltou do intervalo apertando o cerco, chutando, querendo o gol. O Leão na moita. Aos 7’, Deivid recebeu em profundidade, carregou em velocidade mas não levantou a cabeça e bateu muito mal na bola, desperdiçando boa chance. Na resposta, Nem, limpou bem, de fora da área, mas errou o alvo. Daí, num erro de saía de jogo na frente da área rubro-negra…

– Gol! 1 x 0 Nenê, aos 16 minutos. Vini Paulista roubou e deixou o veterano de cara, ele não perdoou, abriu o placar.

 Aos 21’, Ruan teve a oportunidade de ampliar, mas Lucas Arcanjo salvou. Aos 26’, outra chance desperdiçada pelos gaúchos… O Leão meio atordoado.  

 O treinador Leo Condé tomou providências: Leo Gomes no lugar de Yan e Ze Hugo no de Nem, cansado. Depois, Trellez e Pablo substituindo Zeca e Welder. O Leão subiu suas linhas de marcação e foi pra cima, tentar mudar o placar a qualquer custo, empurrando os gaúchos pra trás, explorando a bola parada, cavando faltas, levantando bolas na área inimiga.  

– Já aos 29’ Osvaldo bateu falta frontal com perigo, o goleiro Thiago espalmou a escanteio, e começou a trabalhar muito nas bolas altas alçadas. Já era o Vitória em cima e o Juventude atrás, segurando, resistindo e gastando tempo, sem conseguir atacar. Assédio baiano, rondando…

 – Aos 42’, após escanteio largo cobrado da direita por Osvaldo, Diego Torres encheu o pé da esquerda e a bola passou rente, atravessando toda pequena área gaúcha. Com substituições, sangue novo, os gaúchos foram se safando, com bravura. Aos 48’, chute cruzado de Pablo, Osvaldo não conseguiu a finalização na pequena área, pernas curtas e cansadas.  Foi a derradeira chagada rubro-negra, deu Juventude.

*

Destaques

 Um Vitória acanhado, dependente dos veteranos Nem e Osvaldo. O nome do jogo, pra variar, foi o veteraníssimo Nenê, 41 anos, craque.

*

Ficha técnica

 O Juventude, treinado por Thiago Carpini: Thiago, Reginaldo, Zé Marcos, Danilo Boza, Alan Ruschel (Khelvin); Jadson, Bolt (Ghering), Nenê (Boldrin) e Vini Paulista; Daniel Cruz (Ruan) e David (Vitor Gonçalves).

 – O Vitória escalado por Leo Condé: Lucas Arcanjo, Camutanga, João Vistor, Yan (Leo Gomes); Zeca (Pablo), Gegê, Giovanni Augusto (Diego Torres) e Felipe; Osvaldo, Wélder (Tréllez) e Wellington Nem (Zé Hugo).

 – Arbitragem paulista, com VAR; Vinícius Gonçalves Dias Araújo no apito.

*

 Pela rodada seguinte, a 16ª, o Rubro-negro baiano encara o Vila Nova, atual líder, em Goiânia – dia 10 de julho.

**

 Tricolorites

 Quanto ao Bahia, Série A, SAF/City, tenho a dizer que o treinador, o ‘mister’ gajo/luso, com todo o respeito, é um aprendiz, bem intencionado.  O time não tem um goleiro de confiança, os laterais são medianos, a zaga é confusa e insegura, o ataque é cardíaco. Corre, corre, corre e … nada.

 O Tricolor tem um elenco que vai lutar para não cair, de novo, pra segundona. Não mais, a não ser que cheguem reforços de peso, algum craque… sei lá. Time sem goleiro e sem centroavante não vai a lugar nenhum, sabemos.  

A sequência de jogos é pedreira pura: Nessa terça tem grêmio, de novo, na Fonte, valendo pela Copa do Brasil; no sábado encara o Cuiabá, na Arena Panatanal, pela Série A; depois decide a vaga da Copa do Brasil no jogo de volta, em Porto Alegre e.. pra culminar a canseira, o Athlético PR, em Curitiba. É mole ou quer mais?

  Recomendamos, pois, aos torcedores mais ‘doentes’ doses de Maracujina, ainda à venda nas farmácias e drogarias.

**

 Salve o Dois de Julho, viva os Caboclos!

200 anos de nossa independência.

Foto: EC Vitória