A vereadora Ireuda Silva (Republicanos), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e vice da Comissão de Reparação, e uma das principais vozes contra o racismo na política baiana, se pronunciou sobre os alarmantes dados recentemente divulgados que mostram o impacto financeiro da desigualdade racial no Brasil, inclusive em Salvador. Segundo estudos econômicos, trabalhadores negros deixam de receber cerca de R$ 103 bilhões por mês devido à desigualdade racial, sendo R$ 14 bilhões atribuídos exclusivamente ao racismo.
“Esses números são uma prova de como o racismo estrutural continua a perpetuar a pobreza e a desigualdade no nosso país. Não é apenas uma questão de discriminação no dia a dia, mas um problema sistêmico que afeta a economia de forma devastadora, tanto para os indivíduos quanto para a sociedade como um todo”, afirma Ireuda.
Para a vereadora, o estudo revela a profundidade das barreiras enfrentadas pela população negra no Brasil, não apenas para entrar no mercado de trabalho, mas também para progredir e ser devidamente recompensada por seu esforço. “Estamos falando de bilhões de reais que poderiam estar sendo investidos em famílias, educação, saúde e, acima de tudo, na criação de um Brasil mais igualitário”, diz Ireuda.
Ireuda Silva também reforça a necessidade de políticas públicas que combatam essa desigualdade. “Não podemos continuar aceitando essa realidade como se fosse normal. É preciso adotar medidas urgentes que garantam igualdade de oportunidades e que punam severamente práticas discriminatórias. Além disso, é fundamental que empresas, governos e a sociedade civil como um todo se comprometam a desmantelar as estruturas racistas que sustentam essa desigualdade. Esse é um prejuízo que o Brasil não pode mais suportar”, disse.