Por Zédejesusbarreto
Foi um resultado ruim o empate (1 x 1) do Leão com o Defensa y Justicia da Argentina, no Barradão. O time ainda não venceu na competição, não atuou bem, e vê se distanciar a cada jogo a chance de classificação para a fase seguinte da competição. Pior, na sequência faz dois jogos fora, um deles contra o líder, Universidad Católica do Equador, melhor equipe do grupo. Depois, o Cerro Largo, no Uruguai. Só um time se classifica. E a torcida acreditava num triunfo, até folgado, contra os argentinos, mas…
O Rubro-negro até abriu o placar, na primeira etapa, aproveitando-se de uma bola alçada e um erro do goleiro. Na segunda etapa o jogo ficou franco, os argentinos fizeram um gol de falta, numa falha também do goleiro Lucas Arcanjo (que até praticou boas defesas), o Vitória lançou-se inteiro ao ataque e abusou de perder gols. O torcedor não gostou do que viu, menos ainda do resultado. E vaiou no final.
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No Barradão
– Noite de terça, dia chuvoso e noite limpa, arquibancadas a meio pau.
– Jogo pela 4ª rodada do grupo B da Sul-americana. O Vitória há 4 jogos sem vencer, com um triunfo apenas nas últimas 12 partidas. Na Sula, somava dois pontos e ocupava a 3ª colocação do Grupo B. O Universidad Católica/Equador na liderança do grupo com sete pontos, o Cerro Largo tem quatro.
O Defensa acumulava 10 jogos sem vencer, tem também dois pontos na competição, adversário do Leão nesta terça, também soma dois pontos, mas consta na lanterna do grupos pelos critérios de desempate. Na Argentina o Leão empatou por 0 a 0 com o Defensa y Justicia. Agora, sem desfalques, viria com tudo.
– O Leão de uniforme vermelho&preto, listrado; o Defesa todo de amarelo.
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Com bola rolando …
– Ciente da responsabilidade, perante sua torcida, e da necessidade de vencer para continuar vivo na competição, o Vitória começou a todo vapor, atacando, criando umas duas boas oportunidades de golear antes mesmo dos 10min. Os argentinos atrás, suportando a pressão, sem conseguir encaixar o contragolpe.
Mas, já que o rubro-negro não fazia, os argentinos foram se soltando. Por pouco não abriram o marcador, aos 23min, com uma cabeçada de Osório na pequena área, a defesa baiana pastando; a bola raspou o poste de Arcanjo. Já estava um lá e cá, aberto, perigoso. Aos 26, em nova bola alçada na área baiana, outra cabeçada, agora de Gonzalez, e Lucas Arcanjo salvou; a bola ainda se chocou na trave, não entrou. Muita correria.
– Aos 32’, entrando pela esquerda em alta velocidade, Fabri dividiu com o goleiro Bologna, arrumou um escanteio. As bolas alçadas eram a melhor opção de ataque dos dois lados. Daí…
– Gol! 1 x 0 Vitória, aos 36min. Hugo sofreu falta na lateral da área inimiga, lado esquerdo, bola levantada por Osvaldo, o goleiro ‘mão de quiabo’, deixou escapar e Edu só empurrou, quase em cima de linha, abrindo o placar.
– Aos 44’, Mosquito desbravou pelo meio, chutou forte mas em cima do goleiro, que rebateu e a defesa safou. Foi só. O Rubro-negro foi melhor na primeira etapa, tomou as iniciativas, criou mais chances de gol. Desceu pra merenda à frente do placar mas nada estava definido, os argentinos estavam vivos, levaram um gol por uma falha comprometedora do goleiro, que soltou uma bola fácil, que parecia sob controle.
Segunda etapa – Carpini fez substituições no ataque, queria vencer. Aos 7’, Osvaldo puxou um bom contra-ataque pela direita e deixou Mosquito de cara; ele chutou muito mal, por cima.
– Gol! 1 x 1, Defenza y Justicia, Togni, aos 10min. Hugo fez falta boba na lateral esquerda defensiva, próxima da linha da grande área. Todos esperavam a bola cruzada, Togni bateu de canhota, pelo alto, e a bola descaiu no ângulo, do outro lado, nas costas de Arcanjo, que não alcançou; os argentinos decretaram o empate, calando um pouco as arquibancadas.
Carpini sentiu o golpe e lançou mais dois em campo, sangue novo, mexendo mais uma vez na estrutura da equipe: Erick, Jamerson e Mateuzinho, titulares, em campo. O Leão inteiro ao ataque, impondo ritmo. Os argentinos pareciam boiados, lentos, só se defendiam, já perdendo as divididas. Mas são matreiros, milongueiros, em lances individuais assustam, levam perigo. Aos 25, Carlinhos em campo, o Vitória inteiro no ataque, arriscando tudo, na base do tudo ou nada.
– Aos 28’, Carlinhos ficou de cara, mas bateu em cima do goleiro, que saiu bem, abafando. Aos 29’, chute de longa distância, Lucas Arcanjo bateu rou, ninguém aproveitou. Na frente, Janderson fazendo trapalhadas e Carlinhos aos 40’ desperdiçou chance incrível de marcar, cabeceando pra fora, livre, na pequena área. Aos 42’, Gutierrez arriscou de longe, Lucas Arcanjo catou. O Leão chegava mas finalizava mal, sobretudo com Janderson. A torcida inquieta, cobrando, ansiosa. Aos 44’, Carlinhos lançado em profundidade pela direita invadiu, ficou de frente e bateu muito mal na bola, por cima, nas arquibancadas. Foi vaiado.
O árbitro acrescentou 3 minutos ao tempo normal e nada mais aconteceu. Resultado ruim para o Vitória. Muitas vaias no final.
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Ficha técnica
– Vitória: Lucas Arcanjo; Cáceres, Néris, Edu e Hugo; Ronald, Ricardo Ryller e Wellington Rato; Osvaldo, Gustavo Mosquito e Fabri (Janderson, Jamerson, Mateuzinho, Erick, Carlinhos). Técnico: Thiago Carpini.
– Defensa y Justicia: Bologna; soto, Rubio, Aguilera e Delgado; Cesar Perez, Gutierrez, Lucas Gonzalez; Togni, Osorio e Francisco González. Técnico: Pablo de Muner.
– Árbitro: Francisco Gilabert (Chile)
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Na sequência, o Vitória joga contra o Vasco, sábado (dia 10), às 18h30, já pela 8ª rodada do Brasileirão.
Depois, volta a campo pela Sul-Americana no dia 14, contra o Cerro Largo, no Uruguai.
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Libertadores
Nesta quarta, às 19h, o Bahia recebe o nacional do Uruguai, na Fonte Nova. No jogo em Montevidéus o Bahia venceu 1 x 0. Parada duríssima, até pela necessidade dos uruguaios de vencer a todo custo. Com um triunfo o Bahia encaminha bem a classificação para a fase seguinte da competição.
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Sub-17
No Rio de Janeiro, começo da noite, o Sub 17 do Bahia perdeu o título para o Vasco (5 x 4) na cobrança de pênaltis, depois de um empate (2 x 2) no tempo regulamentar. O Vasco chegou a abrir 2 x 0 mas a meninada tricolor foi buscar o empate, mesmo enfrentando a equipe cruzmaltina, a pressão das arquibancadas e, pra variar, a arbitragem bem caseira, carioca – que marcou pênalti inexistente contra o Bahia e expulsou o jogador baiano que fez o gol de empate, por ter ido comemorar diante da torcida vascaína.
De todo modo, parabéns à garotada tricolor. Vasco Campeão brasileiro sub-17 e o Bahia vice-campeão.
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Semifinais da Champions
– Em dois confrontos eletrizantes, com 13 gols, a Internationale de Milão venceu o Barcelona e está na final da Copa dos Campeões da Europa/ 2024-25, a mais importante competição mundial de clubes e fica na espera do vencedor da peleja entre PSG da França e o Arsenal da Inglaterra, jogo que acontece nessa terça, dia 7 de abril.
A disputa entre italianos do norte e cataluños foi emocionante, dois jogos históricos, dos melhores já vistos em semifinais da competição. Em Barcelona, 3 x 3 com um show de Lamine Yamal e aquele futebol obstinado da robusta e letal equipe italiana. O jogo desta terça, em Milão não foi diferente. A inter fez um ótimo primeiro tempo e foi pro vestiário com 2 x 0, dois gols do argentino Lautaro Martinez. Mas, no retorno, aos 15 min o jovem time do Barcelona, mesmo bastante desfalcado, já tinha empatado, Lamine Yamal novamente fazia a diferença. E logo viraria o jogo com um gol de Rafinha.
Os italianos pareciam batidos, mas antes dos 45, em grande jogada do Thuram, chegaram ao empate a decisão foi para a prorrogação. Empolgante, pura emoção.
Na raça, com muita aplicação, empurrados pela torcida e com uma mãozinha da arbitragem (bem caseira) os Italiano fizeram 1 x 0 (7 x 6 no agregado) e vão disputar o título. Pela determinação, aplicação tática, com aquele futebol rude e objetivo da escola italiana, merecido. Festa me Milão, em toda a Itália.
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