Por Zédejesusbarreto
O Barcelona até encarou mas não teve força ofensiva. Na segunda etapa o Vitória definiu (2 x 0) um triunfo convincente que dá vantagem ao rubro-negro de disputar o jogo de volta podendo até perder por um gol e se classificar para a final, a disputa do título baiano. Quem sabe um grande Ba x Vi?  

  Não foi uma partida fácil, teve momentos de equilíbrio, mas prevaleceu a qualidade individual do Rubro-negro. Em duas jogadas pela esquerda, o Leão decidiu. O primeiro gol saiu de uma bela arrancada e cruzamento de PK; o segundo, já no apagar das luzes, num lindo lance individual de Matheus Gonçalves e a chancela do ‘sortudo’ Ze Hugo, fechando o balaio. Não esquecer que o time da casa jogou mais da metade do segundo tempo com um atleta a menos, por conta de uma expulsão.

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 Assim, teremos o Bahia contra Jequié na Fonte Nova, sábado, e o Vitória contra Barcelona no domingo, no Barradão. Tudo indica, se der a lógica, que teremos uma final de campeonato grandiosa, com um Ba x Vi como há muito não se via. Que assim seja, pois.  

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No Mário Pessoa/Ilhéus

– Sol, céu limpo, calor no sul litorâneo do estado, gramado versinho e bem cuidado, arquibancadas com bom público, torcida rubro-negra presente, um astral de decisão. Belíssimo visual! Torres da Catedral, árvores e um mar azul mais adiante, linda Ilhéus.

 – Semifinal, valendo um lugar na decisão do Campeonato Baiano. A Onça, dona do terreiro, de uniforme cor de rosa, vistoso. O Leão, visitante, de camisetas e calções brancos, com detalhes em vermelho e preto.

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 Com bola rolando …

– O Rubro-negro começou melhor, linhas avançadas, marcando justo, mais ousado, tentando o gol com chutes de longa distância. O time da casa retraído. Aos 12’, após jogada de fundo pela esquerda, Osvaldo furou ao tentar o arremate frontal, de primeira. Na sequência…   Olhe o VAR!  

– Gol! 1 x 0 Vitória, aos 16 minutos. Ritter, com bola dominada na sua área, cochilou, Dudu roubou a bola (com falta?) e rolou para Alerrandro empurrar para as redes. O árbitro foi chamado ao vídeo e constatou a infração – por baixo Dudu calçou o adversário antes de ganhar a bola – e anulou o gol. Não valeu. A Onça acordou. Kauã no lugar de Hadrian, machucado.  

  – Aos 19’, o Barcelona entrou tabelando, Ramires ficou de cara e foi calçado e empurrado por trás por Wagner Leonardo na hora do arremate; o árbitro em cima viu pênalti mas foi chamado a ver o vídeo do lance. Olhe o VAR! O árbitro reviu o lance e voltou atrás, não deu o pênalti. Muitos minutos de bola parada, pausa para reidratação aos 29’.

– Aos 32’, Cesinha entrou livre pela esquerda, encarou o goleiro e disparou para boa intervenção de Muriel, mandando a escanteio. Equilíbrio de ações. Aos 38’, cruzamento de PK, da esquerda, cabeçada de R Andrade, por cima. Aos 39’, após boa retomada de Dudu, Mateusinho entrou pela esquerda, livrou-se da marcação e bateu firme, para fora. A arbitragem acrescentou 10 min ao tempo de jogo.  

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 O VAR foi destaque na primeira etapa, ‘anulou’ um gol do Vitória e não deu um pênalti em favor do Barcelona. Nos dois lances o árbitro voltou atrás ao checar o vídeo. No mais, o Leão começou melhor, o Barcelona equilibrou e terminou melhor. Dudu se destacou no Rubro-negro, pela disposição, força física. No Barça, o meio-campista Ramires, o mais técnico. Zero no placar.

 Segundo tempo – O gramado já sob uma boa sombra, aliviando a quentura. Um retorno mais pegado, com faltas duras, muita disputa no meio-campo e equilíbrio de ações. Depois de duas faltas por trás seguidas, sem que o árbitro punisse (já tinha cartão amarelo), Dudu foi substituído por Leo Condé (entrou Caio Vinícius).

– Gol! 1 x 0 Vitória, aos 12 min. Contragolpe, um cruzamento preciso da esquerda, de PK, no chão, Alerrandro antecipou-se à zaga e escorou, abrindo o placar, quando o time da casa parecia melhor.

  E um gol muda todo o panorama. Com o placar, o Leão foi pra moita, pronto para o bote no contragolpe, sem agonia, fechadinho como gosta, e cabia ao Barcelona ir pra cima, atacar. Aos 22’, após escanteios seguidos, Muriel evitou o empate, buscando um desvio no rodapé da trave.

  Daí, Condé fez mais duas substituições, travando, contendo o ímpeto da Onça – Castillo e Ze Hugo em campo, saíram Mateusinho (um dos destaques) e o veterano Osvaldo, cansado. Mais força e velocidade nos contragolpes. E o treinador orienta o time a cadenciar, trocar passes, gastar tempo, óbvio.

 – Aos 27’, Cauã foi expulso, após uma dividida, em carrinho, no lateral Zeca. Levou o segundo amarelo. Prejuízo enorme para os donos da casa, que tentavam reagir, e ficou bem às claras os dois critérios distintos da arbitragem – rigoroso com a equipe de Ilhéus e mais que maneiro com os rubro-negros faltosos.

  Facilitou demais para o Leão, que soube bem controlar e administrar as ações. Aos 40’, após uma subida com Camutanga, o zagueiro Wesllei sentiu a pancada na cabeça e ficou fora de campo por alguns minutos – o time da casa com dois a menos em campo.

– Gol! 2 x 0 Vitória, aos 52minutos. Antes do apito final, Matheus Gonçalves fez bela jogada pela canhota e buscou o ângulo oposto, por cobertura, a bola arriando e Ze Hugo meteu a cabeça, empurrando, ampliando. Foi o lance derradeiro da partida.

A Onça não mostrou força para evitar o triunfo do Leão.  

Destaques

Dudu e William no meio de campo, Mateusinho no campo inteiro e Alerrandro, pelo Vitória. Matheus Gonçalves pela jogada de cinema, no final.  Ramires, Wesllei pelo Barcelona.

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Ficha Técnica

– O Barcelona, a Onça de Ilhéus: Thiago, Hugo, Jaques, Weslley e Reginaldo; Bruno Ritter, Ramires, Ninho (Caio), Hadrian (Tauã); Natan e Cesinha (Dionas). Treinador, Betinho

– O Vitória, o Leão da Barra: Muriel, Zeca, Camutanga, Wagner Leonardo e PK (Lucas Esteves); William, Rodrigo Andrade, Dudu (Caio Vinícius) e Mateusinho (Castillo); Osvaldo (Ze Hugo) e Alerrandro (Matheus Gonçalves). Treinador, Leo Condé.

– No apito, Emerson Ricardo de Almeida – com VAR. Um primeiro tempo inseguro, aceitando a pressão dos atletas. No geral, muito rigoroso com os da casa, dando faltas, amarelando, expulsando… doutro lado, aliviando, ignorando a virilidade excessiva dos visitantes (Dudu, por exemplo, abusou de faltas duras, Rodrigo Andrade também). Dois pesos, duas medidas.

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O jogo de volta acontece domingo próximo, mesmo horário, no Barradão.

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Foto: EC Vitória/Victor Ferreira