As denúncias envolvendo a privatização do Elevador Lacerda e da Praça Thomé de Souza, mais conhecida como Praça Municipal, sem discussão com os vereadores ou com a sociedade, é apenas uma das pontas de um emaranhado de problemas que dificulta a vida de moradores, comerciantes e admiradores do Centro Histórico de Salvador. Para debater essa pauta e apontar soluções, a vereadora Aladilce Souza (PCdoB), líder da oposição, promoverá audiência pública no Centro de Cultura Vereador Manuel Querino, dia 30 de outubro, às 9h, em parceria com a Ouvidoria da Câmara.
“O respeito ao patrimônio histórico tem que ser prioridade para qualquer gestão que se preocupe com a imagem da nossa cidade. E além de preservar, a palavra-chave deve ser revitalizar, mas não para elitizar, como está fazendo com a Rua Chile e a Praça Municipal. Muito menos abandonar, como tem feito com a tradicional Baixa dos Sapateiros. O Centro é o coração da cidade, é o que atrai o turismo, mas precisa manter seu perfil e suas tradições. E para isso é preciso discutir as soluções possíveis com quem vive o dia-a-dia dessa região tão importante da capital baiana, não em gabinetes”, justifica Aladilce.
Para a audiência pública foram convidados historiadores, arquitetos, urbanistas, lideranças comunitárias, produtores culturais, moradores e investidores da região, assim como representantes dos órgãos públicos envolvidos, nas três esferas (federal, estadual e municipal). A mesa do evento contará com a presença do vereador Hélio Ferreira (PCdoB), ouvidor-geral da Câmara; Hermano Guanaes, superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan-Ba); Aline Santos, chefe da representação regional da Fundação Palmares; Zulu Araújo, consultor e coordenador da Conder no Centro Histórico; Kilson Melo, coordenador da Federação de Associações de Bairros de Salvador (Fabs); Maura Cristina da Silva, coordenadora da Articulação de Movimentos e Comunidades do Centro Antigo.
Foram convidados, também, representação das secretarias municipal e estadual de Cultura, do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC) e da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (Sedur).