Por Roberval Santos
Rapaz, moça! É uma confusão quando você não convive muito com uma pessoa ou encontra pouco, em ocasiões específicas, e tem que lembrar se o término do nome é com “a” ou com “e”. A solução é básica, nós sabemos: chamar de Tati, de Dani ou de Cris. Porque as pessoas se ofendem! Se você chamar uma Cristiane de Cristiana ou uma Cristine de Cristina, é um Deus nos acuda! Não poderia ser apenas com “a” ou com “e”?
Eu ficaria mais tranquilo quando encontrasse uma pessoa que se chama Tatiana e eu chamo de Tatiane, ou quando eu encontro uma pessoa que se chama Daniela e eu chamo de Daniele. É uma aflição! Isso quando eu lembro do nome! Não é fácil, não! Tanta coisa pra se preocupar nessa vida, e a gente ainda tem que prestar atenção ao término do nome próprio, se é com “a” ou com “e”. Quando alguém conhece pouca gente, fica tudo bem. Mas quando é um sujeito como eu, que conheço às pencas (centenas, chega ao milhar), é um desespero!
Outro dia encontrei um sujeito que me fez uma festa… Sabia que eu era da Cidade Baixa, que eu tocava violão e que estava muito feliz em me ver, e eu: “Quem é este elemento, mesmo?”, “De onde conheço ele?” Encontrei uma saída e perguntei se ele tinha um cartão de visitas. Não tinha! Perguntei o e-mail: otmj07@gmail.com! Poderia ser Otávio ou Orlando! Ou Oscar… e nada! Você tem Instagram? Não tinha… Ou outra rede social. Não utilizava rede social. Sorte a dele! Eu dependo dela para divulgar meu trabalho. Estavam acabando todas as tentativas. “Anote meu número no seu celular, Roberval! Para me enviar suas apresentações!” “Você pode adicionar pra mim? Acabei de sair de um exame de vista e colocaram aquele colírio”, inventei… Foi a minha salvação! “E você vai como pra casa?” “Estou esperando um amigo que vem me dar uma carona. Tá tranquilo!”
Mas, retornando, tem Carolina/e, Isabela/e, Luciana/e, Camila/e… E por aí vai! O diminutivo: Carol, Isa (não pode ser Bela, porque pode ser Bele), Lu… E Cam? Você vai chamar alguém de “Cam”? Taí o esparro, porque pode ser “Mila” ou “Mile”! Não é fácil viver…
*Escrevo enquanto espero a conversão de um vídeo gigante para um trabalho de transmissão.
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Musicista e cronista
