Bruno Reis diz que sábado de Carnaval deste ano foi o maior da história

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O prefeito de Salvador, Bruno Reis, disse que o sábado (10) de Carnaval foi aquele com mais participação popular na história da festa, com mais de 2 milhões de pessoas nos dois principais circuitos da festa. Bruno defendeu que, no próximo ano, seja criado um “super sábado” no circuito Osmar (Centro), para promover uma distribuição melhor de foliões pela cidade.

“Historicamente, o Carnaval do Campo Grande é mais forte no domingo, segunda e terça. Ano que vem, tem que começar no sábado, ou superlota a Barra-Ondina. Precisamos fazer um sábado ainda mais forte no Centro, para equilibrar mais”, sinalizou.

Em coletiva de imprensa neste domingo (11) no Campo Grande, o prefeito ressaltou a magnitude do Carnaval da capital baiana neste ano, citou problemas ocorridos no sábado e destacou que equipes da Prefeitura trabalharam diuturnamente para mitigar os efeitos e garantir o bom funcionamento dos serviços. Antes da coletiva, ele promoveu uma reunião de avaliação da festa com secretários e dirigentes municipais.

“O sábado é tradicionalmente o dia em que as pessoas mais vão àquele circuito. Por mais que a gente esteja preparado para oferecer os serviços, quando há uma superlotação, como ontem, dificulta muito a nossa operação. Pela primeira vez na história do Carnaval, os portais de acesso tiveram que ser fechados. Nunca tivemos tanta gente como ontem no circuito Barra-Ondina. Foi o maior sábado da história do Carnaval”, relatou o prefeito.

O chefe do Executivo municipal afirmou que, diante do que vem sendo observado, serão avaliadas sugestões para o próximo ano, em relação, por exemplo, ao tamanho dos trios, o uso de serpentinas e um fortalecimento do sábado de folia no Centro. Tradicionalmente, os dias de maior volume de presença de pessoas no Centro são domingo, segunda e terça-feira.

“Infelizmente, tivemos problemas com trios dos nossos artistas. Por mais que a Prefeitura faça vistoria prévia e ateste a regularidade, às vezes acaba tendo problema”, disse o prefeito. “Não dá para ter trio com largura superior a 7 metros. Porque isso dificulta a operação, tanto para o trio ir como voltar. Tem trio que só consegue voltar de ré de Ondina até a Barra para se preparar para o desfile do outro dia. Também precisamos tentar compatibilizar o horário de início do desfile na Barra-Ondina”, acrescentou.

Água e energia – O gestor municipal também citou problemas com a irregularidade no fornecimento de água e energia. Além da queda de luz registrada no circuito Dodô, também houve problema com falta de água, o que prejudicou o funcionamento de banheiros climatizados.

“A Coelba e a Embasa infelizmente não ajudam. Somado ao atraso em virtude da quebra dos trios, tivemos um apagão, provavelmente causado pelas serpentinas. Mas a Coelba demorou muito tempo para restabelecer a energia. Da mesma forma, a Embasa não conseguiu regularizar até então o fornecimento de água em alguns camarotes e a gente tem que fechar os banheiros climatizados, porque sem água não há como oferecer o serviço”, apontou.

Chuva – Bruno Reis disse também que a chuva registrada até o começo da tarde deste domingo (11) na cidade superou o total previsto para o dia, mas afirmou que as condições climáticas devem melhorar ao longo do dia. Segundo o gestor, a previsão de chuva para o domingo era de 20 mm a 60 mm, e já foram registrados 62 mm.

“A previsão agora é a chuva amenizar. Mas seja com chuva ou com sol, tenho certeza que faremos hoje um grande dia de Carnaval. Chegamos à metade do Carnaval, temos ainda três dias de muita alegria e diversão, mas acima de tudo muito trabalho”, afirmou o prefeito, em entrevista coletiva, na Sala de Imprensa, no Campo Grande.

Mesmo com o alto volume de chuvas, não foram registrados problemas graves, graças ao trabalho preventivo realizado pela Prefeitura ao longo doss últimos anos. Equipes da gestão municipal estavam nas ruas para solucionar as questões registradas por conta do temporal. Nos últimos anos, lembrou o prefeito, foram 507 obras realizadas em encostas.

“Tem sido assim e foi justamente isso que permitiu, além de todos os investimentos realizados, que chegássemos a três anos sem uma vítima da chuva em nossa cidade”, disse. “Quem teve os seus bens perdidos no deslizamento vai ser indenizado com o auxílio emergencial. Vamos colocar essas pessoas provisoriamente na unidade de acolhimento. Existe o aluguel social. Ou seja, nós temos os mecanismos para amparar. Graças a Deus não teve nenhuma vítima”, completou.