Aliado do prefeito de Camaçari saiu da administração, mas não quer devolver o carro de representação

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Por João Leite
Contramão Três semanas depois de terem deixado os cargos de primeiro escalão na máquina municipal de Camaçari, ainda tem aliado do alcaide Antonio Elinaldo (União) sem querer devolver o carro de representação a que tinha direito.

Contramão 2 Segundo apurou a Coluna, até o fechamento desta edição, a ex-titular da pasta do turismo (Setur), Cristiane Bacelar, não havia devolvido o veículo. Lista dos esquecidos, que só entregaram as chaves neste mês de abril, portanto depois da exoneração do cargo, no final de março, inclui os titulares da agricultura e pesca (Sedap), Antonio Falcão; e da Ouvidoria do município, o também suplente de vereador Zé do Pão.

Contramão 3 A insistência é muito mais que  um mero apego ao poder e suas vantagens. Comportamento atropela a legislação eleitoral, com graves implicações mais amplas.  O próprio candidato a prefeito do grupo, o vereador e presidente do Legislativo, Flavio Matos (União), pode pagar pelo vacilo do comando elinaldista que não pisa no freio.

Contramão 4 A manutenção de veículo ou qualquer outra vantagem inerente ao cargo após desincompatibilização se caracteriza  como abuso de poder político e econômico. Comportamento pode ser punido com multa, cassação do registro de candidatura, ou até a inelegibilidade do acusado caso de seja eleito. No caso de uma ação de investigação judicial eleitoral (AIJE) o benefício pode ser interpretado como vantagem para além do acusado e atingir até o candidato à sucessão do alcaide.

Barbeiragem Não satisfeita com a lista de equívocos na condução da política cultural de Camaçari, como vem mostrando a Coluna, a secretaria de cultura (Secult) acaba de oficializar mais uma derrapada. Carta de Repúdio assinada pelo Coletivo Independente de Cultura de Camaçari (CIC) acusa a Secult de desrespeitar a legislação e suas próprias regras para financiamento e apoio de projetos culturais.

Barbeiragem 2  Em documento datado desta segunda-feira (22), que a Coluna publica na íntegra abaixo, a entidade formada por artistas e produtores culturais da cidade acusa a pasta comandada pela secretária Marcia Tude de descumprir prazos para liberação de verbas federais via Lei Paulo Gustavo (LPG). 

Barbeiragem 3 No documento, a CIC cobra transparência da Secult na prestação de contas dos valores recebidos do Governo Federal. São mais de R$ 2,6 milhões repassados para investir em editais de fomento à cultura, denuncia a entidade.

Barbeiragem 4 Ainda de acordo com a denúncia, a Secult sequer acerta na conta de somar, praticando erros grosseiros no cálculo da tabela de classificação dos editais. O descuido é tamanho que nem o critério de cotas definido pelo próprio edital é cumprido.

Barbeiragem 5 Imbróglio se amplia com a ordem de classificação e a falta de comprovações de atuações nas diversas áreas do edital. Um dos exemplo é o Camaçari Audiovisual. Empresas selecionadas não possuem comprovação da realização de produção cinematográfica ou de audiovisual. Documento cita a empresa Musee D`Art LTDA, que sequer possui cadastro/perfil público no Mapa Cultural de Camaçari, exigido no edital.

Barbeiragem 6 Nesse estranho festival de desafinação, até a Bamuca (Banda Municipal de Camaçari), várias vezes campeã baiana em competições musicais, e só, aparece habilitada para a realização de produções cinematográficas e de audiovisuais. 
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Jornalista. joaoleite01@gmail.com/Do Portal Camaçari Agora