Por Elder Pereira Ribeiro 
Mãe Cleusa ergueu a vida de muitos no Alto do Gantois, com os seus trabalhos sociais imensuráveis. Foi considerada a grande dama do Candomblé da Bahia e do Brasil pela sua contribuição dada por exercer a humildade, solidariedade e coletividade com todos aqueles(as) que lhe procurava. Do ponto de vista histórico e antropológico, sem dúvidas, Mãe Cleusa foi a chave para a edificação do Terreiro do Gantois. Venceu na vida se doando e amando o seu próximo, sem distinção de raça, cor, gênero e sexualidade. Os seus filhos: Álvaro, Zeno e Mônica, bem como as suas duas netas: Andrea e Paulinha, seguem vencendo na vida como Mãe Cleusa venceu. Profiro palavras que jamais serão apagadas, pois são reais aos olhos claros e lúcidos do povo negro. A riqueza ancestral de Mãe Cleusa abraça o pobre, o humano e o solidário. A memória de Mãe Cleusa, senhora negra, foi e é referência epistemológica quando se trata de contribuição dada a população negra nos Terreiros e além. A lembrança da ancestral tão importante, Mãe Cleusa, deve ser feita todos os dias, e não apenas em datas comemorativas. As grandes Iyás da Bahia: a exemplo de Mãe Stella de Oxóssi, sua grande amiga tomava-lhe a benção e era grata pela potência de manter a irmandade entre os Terreiros. O nome de Mãe Cleusa extrapola capítulo de livro, documentários, podcasts, etc. É tão grandiosa que não se mede. A sua trajetória segue nos orientando, principalmente orientando aqueles(as) que buscam viver em harmonia e solidariedade com o seu próximo. Que a família de Mãe Cleusa continue vivendo e honrando o seu grande legado. A benção meus mais velhos? 

Santo Amaro, Bahia 
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Babá Egbé do Ilê Axé Idan  – Mestre em História (UFRB)  – Pesquisador do Laboratório de Etnomusicologia, Antropologia e Audiovisual (LEAA/Recôncavo/UFRB)