Por Zédejesusbarreto
Com uma atuação oscilante, tipo montanha russa, o Bahia arrancou um empate contra o Cruzeiro (2 x 2) e continua ali na paquera da zona da degola, com 9 pontos ganhos, em 15º lugar, favorecido até agora com empates dos concorrentes. Mas a rodada segue e … pode perder posições.
Foi uma partida de alto e baixos, mas jogada na bola e de forma ofensiva. O Cruzeiro começou melhor e só não venceu, no final, porque o VAR interferiu – anulou um gol de Dourado e desmarcou um pênalti de Rezende no mesmo atacante, já nos acréscimos. O Tricolor teve bons momentos, mas abusou de erros defensivos, zaga e meio de campo (passes, saída de bola, falta de domínio… um terror). Os atletas desceram pros vestiários sob vaias.
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Na Fonte Nova
– Boca de noite morninha (28 graus) de um sábado outonal, junho dos santos católicos -Antônio, João, Pedro & Paulo -, sem chuvas, arquibancadas com bom público, gramado linheiro mas mastigado.
– O Tricolor baiano (8 pontos, 15º colocado, há 5 jogos sem vencer) com seu uniforme tricolorido, camisetas com listras verticais em vermelho, azul e branco; O Cruzeiro, a ‘raposa mineira’ (10º colocado, 13 pontos), inteiro de branco, com detalhes em azul.
– Um duelo de treinadores lusos, ibéricos, amigos. Décima rodada.
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Com bola rolando …
– A Raposa começou como se estivesse no seu quintal, o Mineirão, avançado e ganhando, ocupando melhor o meio-campo, à vontade. O Esquadrão com dificuldades na saída defensiva, usando de bolas esticadas pelos lados, sem proveito. Aos 7’, a primeira finalização de Gilberto (ex-Bahia, maior artilheiro na Arena Fonte Nova), Marcos Felipe catou, no chão. Só depois dos 15’ o Tricolor começou a jogar, equilibrando no meio-campo.
– Gol! 1 x 0 Bahia, aos 18 minutos. Thaciano ganhou na intermediária, deu caneta no marcador, Ryan acionado, uma esperta jogada de Kayky, recebendo na área, pela esquerda, livrando-se da marcação e batendo de bico, forte, enviesado. Golaço!
– Aos 25’, Cicinho levou a marcação e foi derrubado por trás, na área mineira; o soprador de apito mandou levar. Na sequência, aos 26’, inventou uma falta de Rezende em neto, perto da meia lua baiana e ainda aplicou cartão amarelo no apoiador tricolor. Marlon bateu a falta com perigo, Macos Felipe espalmou a escanteio. Aos 28’, numa boa troca de passes do tricolor, Cicinho encheu o pé, de frente, e acertou o travessão mineiro, com o goleiro já batido. O Bahia era melhor, então, mas não fez e, na resposta …
– Gol! 1 x 1, Cruzeiro! Bruno Rodrigues, habilidoso, completando trama coletiva, calcanhar de Gilberto, Kanu driblado, no chão, chute colocado. Outro belo gol! Aos 30 minutos.
Parecia que o empate estava posto, disputa pau a pau, daí…
– Gol! 2 x 1 Cruzeiro, aos 46 minutos. Chutão da defesa mineira, bola mal recuada por David Duarte, de cabeça, o rápido Wesley chegou antes, driblou o goleiro e empurrou. Falha grosseira do becão, errou o cálculo, entregou o ouro quando tinha a bola.
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Foi um primeiro tempo até bem jogado, limpo e muito equilibrado. O time mineiro começou melhor, mas o Bahia equilibrou, fez o gol e, quando parecia melhor em campo, levou o empate. Pra piorar, nos acréscimos, levou a virada num erro infantil do zagueiro e a esperteza do atacante. Vaias do torcedor na descida pro vestiário.
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No intervalo, Renato Paiva tirou um zagueiro, Vitor Hugo (mal, nada acrescenta) e colocou o meio-campista enceradeira Danielzinho (que também nada acrescentou). Com a troca, o time abandonou o sistema com três zagueiros, foi pro 4-3-3. O meio campo ficou aberto, à mercê.
– logo no primeiro lance, Gilberto pegou livre nas costas da zaga, tentou encobrir o goleiro e a bola passou por cima do travessão. Ufa! Aos 10’, Cauly fez boa jogada na área mineira, mas a finalização parou na defesa arrojada de Rafael.
Logo depois, Gilberto deu lugar a Walisson, saiu aplaudido pela galera tricolor. Aos 13’, Artur Sales no lugar de Kayky (que fez um belo gol e só). O Tricolor foi pra cima, mais na vontade que na tática… Correndo muito. O jogo ficou ainda mais aberto.
– Gol! 2 x 2, Artur Sales, aos 21 min. Após cobrança de escanteio de Cauly, da direita, o goleiro Rafael deu rebote na boa cabeçada de Kanu e o atacante, que acabara de entrar, escorou, empatando.
– Aos 25’, após novo erro de passe defensivo do Bahia, quase o rápido Wesley desempatou; Marcos Felipe salvou, arrojando-se nos pés do atacante, na pequena área. O Bahia jogava mais perto da área inimiga, na pressão. Mas errava demais os passes pela intermediária defensivo. Antes dos 30’, Dourado e Stênio no Cruzeiro – Pepa tentava retomar as rédeas do jogo, voltar a atacar. No Bahia, Mingote no lugar de Everaldo (nulo).
– Aos 35’, num bate-rebate na área baiana, Dourado ganhou pelo alto e, de cabeça, acertou o travessão de Marcos Felipe. Aos 36’, Rafael Cabral salvou finalização de Mingote e de Artur Sales, na sequência. Quase! O torcedor inflama. Aos 37’, Bruno Rodrigues tentou colocar, defesaça de Marcos Felipe, espalmando no canto. Um lá e cá perigoso, arriscado. Aos 40’, Mugni no lugar de Thaciano, mortinho.
O final foi de matar torcedor do coração.
– Olha o VAR! Gol! do Cruzeiro, aos 43’. Invalidado. Passe errado no meio-campo, lambança de Mingote e Daniel, a defesa aberta, Bruno Rodrigues cruzou da esquerda de três dedos, no chão, Dourado escorou do lado oposto para as redes, mas o VAR flagrou impedimento. Ufa!
– Na sequência, o árbitro viu e apitou pênalti num carrinho de Rezende em Dourado, tirando a bola ainda fora da área, sem falta. Olha o VAR, de novo! O árbitro foi chamado a ver o vídeo e voltou atrás, nada marcou. Seis minutos a mais. Um final dramático, o Tricolor salvo pelo VAR.
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Destaques
– Boas defesas de Marcos Felipe, bom jogo de Cicinho, até cansar. Rezende o mais regular. Thaciano correu e boiou. O gol de Kayky. A luta e os erros de Rayan. E o monte de ‘bragas’ defensivas, erros coletivos e individuais, em saídas de bola, mau domínio, passes equivocados… Não faltou luta, o que falta é talento.
No Cruzeiro, Bruno Rodrigues é diferenciado.
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Ficha técnica
– Com muitos desfalques por problemas físicos, o ‘mister’ Renato Paiva escalou assim o Bahia: Marcos, Kanu, Davi Duarte, Vitor Hugo; Cicinho, Rezende, Thaciano, Cauly e Ryan; Kayky e Everaldo.
– O Cruzeiro de Pepa: Rafael, William, Oliveira, Castán e Marlon; Filipe Machado, Neto Moura e Mateus Vital; Bruno Rodrigues, Gilberto e Wesley.
– Arbitragem do pernambucano Rodrigo José Pereira de Lima, com VAR (que o salvou, enfim).
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Pela 11ª rodada, o Bahia enfrenta o Palmeiras, melhor equipe brasileira hoje. O jogo é na Fonte Nova, numa quarta-feira, dia 21jun, às 21h30.
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Jogos da 10ª rodada/sábado:
– Coritiba 0 x 0 Santos; Corínthians 1 x 1 Cuiabá; Atlético Mineiro 1 x 1 Bragantino;
– às 21h: Botafogo RJ x Fortaleza. A rodada segue no domingo.
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Pela Série B, o Vitória defende a liderança, neste domingo (11 jun), contra o Criciúma, no Barradão, 18 h. Rodada 12.
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A Champions é do City
Melhor time do mundo, hoje, o Manchester City venceu a Inter de Milão (1 x 0) no Ataturk Olimpic Stadium, de Istambul/ Turquia e sagrou-se, pela primeira vez e de forma invicta, o título de Campeão dos Campeões Europeus/ temporada 2022/23.
Assim, de forma definitiva, o City, treinado por Guardiola, entre para a galeria de grandes equipes da história. A Champions é a maior e mais importante competição de clubes do planeta. O City venceu a Copa da Iglaterra, o Campeonato Inglês e agora a Coipa dos Campeões da Europa, derrotando o estelar Real Madrid (clube com maior numero de conquistas da Champions) e, na emocionante final, A Inter de Milão que tem três títulos.
O brasileiro Éderson é o goleiro titular da equipe campeã, fez ums três defesas fundamentais no final da partida. De Bruynne, Bernardo Silva e Haaland são as estrelas maiores. O gol foi do apoiador Rodri (Rodrigo) já na segunda etapa de uma partida duríssima, sobretudo pela forte marcação e luta dos italianos.
Pela bola que vem jogando, um título merecidíssimo. City é o mundo!
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Mundial sub-20
Itália x Uruguai decidem o título do Mundial sub-20 disputado em péssimos gramados argentinos. O Brasil foi surpreendido e eliminado pela boa seleção de Israel. O time de garotos – bem desfalcado – treinado por Ramon Menezes levou 3 x 2, de virada, com prorrogação. Nesses tempos globalizados… não tem ninguém mais bobo no futebol.
Enfim, Itália x Uruguai é um grande duelo, camisas pesadas, tradição no futebol.
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Viva Santo Antônio!
Foto: EC Bahia