Por Zedejesusbarreto
Não foi um jogo fácil, o Bahia de Ceni não jogou tão bem, não conseguiu impor seu estilo, mas arrancou um triunfo importante no campo do adversário, que estava invicto na temporada (1 x 0, golaço de Thaciano, no final do primeiro tempo), e volta pra Salvador na liderança do Grupo B da competição, fase classificatória. De mais positivo a maturidade da equipe, na segunda etapa, suportando bem a pressão adversária, a luta e aplicação dos atletas. A equipe tem até aqui o melhor desempenho entre todas da competição.
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Maceió/Alagoas
– No Rei Pelé, arquibancadas cheias, disputa valendo pela quarta rodada do Nordestão, fase de classificação/grupos. O CRB, invicto ainda na temporada, líder do Grupo A, com 7 pontos ganhos. O Bahia, com 6 pontos, vice-líder do grupo B, com um tabu de mais de 20 anos sem perder pro CRB.
– Tempo limpo, relvado em condições. O time da casa com sua camisa vermelha, calções brancos. O Bahia de camisetas brancas, calções em azul celeste.
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Com bola rolando …
O Bahia começou tentando impor seu toque de bola, evoluindo bem, mas quase foi surpreendido.
– Aos 5’, após um erro de arremesso lateral no meio-campo, o CRB armou um rápido contragolpe pela esquerda e quase abriu o placar. O Tricolor com mais posse de bola, o CRB mais perigoso, combativo, marcando duro e bem arrumado taticamente. Brigado.
– Aos 20’, o arisco Jorginho levou a marcação de Kanu e bateu forte, cruzado da esquerda para boa defesa de Marcos Felipe. Na sequência, gol anulado de Fábio Alemão, impedido. Torcida quente, inflamando, o time da casa mais aceso, chegando mais, ganhando o duelo no meio-campo, na pegada. Aos 31’, Ademir recebeu de Cauly em profundidade, ganhou na velocidade e entrou livre mas foi derrubado na área alagoana, o árbitro nem tchum e os atletas baianos foram à loucura pedindo pênalti. Ações mais equilibradas.
– Gol! 1 x 0 Bahia, aos 46 min. Num contragolpe de cartilha, Cauly achou Ademir, Ademir enfiou nas costas da zaga e Thaciano entrou livre, desviando de cavadinha na saída do goleiro, abrindo o placar.
Bem postado defensivamente, com uma pegada forte e tinhoso nos contragolpes, o CRB foi melhor a maior parte da primeira etapa, mas … o Bahia criou duas boas chances – a do pênalti em Ademir, não marcado, e aproveitou bem um contragolpe de almanaque – 1 x 0. Melhor assim. O Tricolor sofreu com a marcação cerrada sobre Everton Ribeiro e Cauly, sem espaços. Cauly se saiu melhor. Falcão, Gegê, Jorginho, João Pedro correram e pegaram muito. Rezende, que levou um cartão amarelo injusto aos logo aos dois minutos, recolheu as ferramentas e jogou inibido. Era necessário ajustar a marcação e a postura do meio de campo tricolor, ganhar a disputa no meio. Nada definido.
Segunda etapa – Claro que o time da casa, com o placar adverso, voltaria na gana, tentando empurrar o Tricolor pra trás. Muita pressão e bolas alçadas na área baiana no recomeço. O Bahia marcava a meia pressão, a partir do meio de campo, sem pressa, tentando quebrar o ímpeto alagoano, mas sem encaixar bem o contragolpe.
– Aos 9’, João Pedro disparou uma bomba de longe, ótima intervenção de Marcos Felipe. Aos 15’, Caio Alexandre entrou no lugar de Everton Ribeiro, que não jogou bem. Biel, Everaldo e Yago Felipe em campo, por volta dos 20 minutos, fôlego novo (saíram Ademir, Thaciano e Rezende), reforço no combate pelas intermediárias. O Bahia cozinhava o jogo, apenas.
– Aos 21’, Anselmo Ramon perdeu boa chance, não alcançou a bola rasteira cruzada na pequena área tricolor. Aos 27’, pela primeira vez o Bahia entrou tramando, trocando passes e Jean Lucas bateu colocado, o goleiro espalmou, foi buscar no ângulo. Equilibrou.
– Aos 29’, cruzamento perigoso da esquerda, Kanu tentou cortar e quase fez contra; Marcos Felipe salvou. A torcida da casa inflamando, os atletas em campo respondendo na correria, na vontade. Aos 37’, Cicinho no lugar de Juba, exausto. O treinador Daniel Paulista esgotou as 5 substituições possíveis, lançou-se ao tudo ou nada, inteiro na frente. Os tricolores ganhavam tempo, buscando faltas, travando, prendendo a bola.
O árbitro acrescentou 7 minutos ao tempo normal. Sem grandes sufocos. Bom resultado
Destaques
Marcos Felipe seguro, Arias e Cuesta, soberbos; Juba, Thaciano e Ademir – os melhores. O esforço e suor de todos.
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Ficha Técnica
– CRB do técnico Daniel Paulista: Matheus, Hereda, Saimon, Fábio Alemão e Formiga; Falcão, João Pedro, Jorginho; Gegê, Anselmo Ramon e Leo Pereira. (Heron, Vitinho, Maike, Kelvin, Allan Santos)
– O Bahia de Rogério Ceni: Marcos Felipe, Arias, Kanu, Cuesta e juba; Rezende, Jean Carlos, Cauly e Éverton Ribeiro; Thaciano e Ademir.
– No apito, o potiguar Caio Max Vieira. Caseiro, na pressão da torcida, marcando tudo para um lado só. Deu cartão amarelo pra Rezende aos 2 minutos numa jogada simples, o tricolor no ataque. Não deu pênalti claro em Ademir, no primeiro tempo. Uma segunda etapa mais competente.
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Pelo Baianão, no domingo, Bahia x Jacuipense, na Fonte Nova, pela derradeira rodada da fase classificatória, liderança em jogo.
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O outro jogo pelo Nordestão: Ceará 2 x 2 ABC.
Foto: EC Bahia