Por Zédejesusbarreto
Foi uma partida ruim tecnicamente, muitas faltas e pouca bola, talvez um dos piores jogos do histórico clássico sul-americano, duas equipes campeãs do mundo e das américas. Vergonhoso o que aconteceu em campo. Não se viu futebol, apenas garra, chutões, agressões, trompaços. Resultado, um 0 x 0 mais que justo no tempo regulamentar, mesmo o Brasil jogando uns 20 minutos com um atleta a mai.
E, na cobrança das penalidades, desperdiçamos duas e eles fizeram quatro, estamos fora da Copa América. Pelo que jogamos nas quatro partidas disputadas, uma desclassificação merecida. Não conseguimos mostrar um futebol coletivo e nossas ‘estrelas’ individualmente não brilharam.
Muito a repensar e mudar, a partir de cima, da CBF, essa é a realidade. Nosso goleiro não é confiável, não temos laterias, o miolo de zaga está superado, nosso meio de campo nada cria e … cadê o goleador?
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Definidos os confrontos de Semifinais:
– Argentina x Canadá; Colômbia x Uruguai.
Os argentinos passaram com dificuldade pelo Equador, 2 x 2 no tempo normal e prorrogação. Na cobrança de pênaltis brilhou o goleiro Martinez, catou três cobranças, classificando a equipe atual campeã do mundo e que briga por um bi na CopAmérica.
O Canadá passou pela Venezuela também nos pênaltis, depois de um empate (1 x 1) em joguinho brigado, feio mas corrido e com arbitragem brasileira, infame.
Os colombianos sobraram sobre o apenas esforçado Panamá (5 x 0), um atropelo.
Já o Brasil … está de volta pra casa, depois de mais um empate, eliminado nos pênaltis para o Uruguai.
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Em Las Vegas…
– Estádio moderníssimo, o Allegiant, relvado verdinho, mais de 60 mil presentes, partida fechando as quartas-de-final da competição. Valendo uma vaga na semifinal.
– O Uruguai, seleção com mais conquistas na competição (15 títulos), foi a equipe com melhor aproveitamento na fase classificatória, 100% de aproveitamento, ataque mais positivo. O Brasil tem 10 títulos de CopAmérica, 10 jogos sem perder sob comando de Dorival Jr, mas fez uma primeira fase abaixo do esperado: um triunfo sobre o fraco Paraguai e dois empates (Costas Rica e Colômbia). Joga pela primeira vez sem Vini Jr e com o garoto Endrick como titular.
– A Seleção Brasileira com sua beca canarinho e o Uruguai com a azul celeste olímpica.
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Com bola rolando …
– Começo nervoso, marcação dura, correria, chutões, erros de passes e o Brasil insistindo com aquela saída de bola de passes curtos a partir do goleiro, os uruguaios na espreita. Irritante. Aos 17’, depois de muita catimba para bater um escanteio, os uruguaios chegaram com perigo na bola aérea. O Brasil sem achar uma jogada ofensiva. Muitas faltas, jogo feio, pouco futebol.
– Aos 27’, após uma saída em falso da defensiva uruguaia, tivemos a primeira chance nos pés de Endrick e Raphinha – faltou confiança e a finalização não saiu. Aos 32’, numa jogada isolada, Araújo sentiu o joelho e foi substituído por Gimenez. Aos 34’, cruzamento largo da direita, Nuñez subiu livre, de cara, cabeceou pra fora. Na resposta, boa arrancada de Raphinha, o goleiro Rochet saiu e abafou; chance perdida. Aos 36’, Endrick foi parado com falta na entrada da área uruguaia. A cobrança de Rodrygo não passou pela barreira. Aos 46’, numa bola esticada, Raphinha dividiu com o goleiro, Rochet rebateu.
Tensão, pegada, marcação, agressividade e pouca criatividade, de parte a parte. Foi a tônica da primeira etapa, um futebol decepcionante de duas equipes campeãs, com história de grandes jogos. Raphinha foi quem mais apareceu, dos nossos. De La Cruz pelo Uruguai. Paquetá e Bruno sumidos.
– Segundo tempo – Nenhuma modificação no intervalo; será que os treinadores gostaram do que (não) viram na primeira etapa? Um recomeço com a mesma pegada, faltas seguidas e bola pra frente. Nenhuma sequência de troca de passes, trama coletiva, nada. Os uruguaios ocupando mais o campo defensivo brasileiro, na disposição física, apenas. Aos 17’, chute longo de Valverde, por cima.
– Aos 20 minutos da segunda etapa, 36 faltas marcadas, a maioria cometida pelo time uruguaio. Impressionante, não tem jogo. Uma vergonha para o futebol sul-americano.
– Aos 72 minutos, Rodrigo costurou e Nandez foi pra quebrar o tornozelo do brasileiro, o árbitro deu cartão amarelo, o VAR chamou, ele foi ver o lance e expulsou o lateral uruguaio. O Brasil com um atleta a mais em campo a partir dos 30min da segunda etapa. Daí … aos 32, Arrascaeta e Varela no Uruguai. Bielsa fechou a casinha atrás. O Brasil então ocupando o campo inimigo, tentando varar o ferrolho. Dorival pôs em campo Savinho, Andreas e Douglas Luiz, na intenção de vencer o jogo; os uruguaios já na manha, travando, caindo fazendo cera, apostando na decisão por pênaltis.
– Aos 36’, chute de Endrick, Rochet catou no chão. Aos 40’, Martinelli e Evanilson na equipe amarela. As últimas cartadas. A arbitragem acrescentou 5 min ao tempo regulamentar. O Uruguai já na queria jogo e o Brasil nada criava, mesmo com um a mais em campo. Um zero justo pelo mau futebol apresentado. Uma pobreza.
E a decisão foi mesmo (mais uma) para as cobranças de tiros livres da marca penal.
… então
– Deu Uruguai, 4 x 2. Militão chutou e Rochet defendeu, Douglas Luiz acertou a trave. Pelo Uruguai, Valverde, Betancour, Arrascaeta e Ugarte converteram.
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Ficha Técnica
– O Brasil escalado por Dorival Jr: Álison, Danilo, Marquinhos, Militão e Arana; J Gomes, Paquetá, Bruno Guimarães; Raphinha, Endrick e Rodrygo. (Savinho, Douglas Luiz, Andreas, Evanilson e Martinelli)
– O Uruguai do treinador Marcelo Bielsa (argentino): Rochet, Nandez, R. Araujo (Gimenez), Olivera e Viña; Ugarte, Valverde, De La Cruz (Bettancour); Pelistri (arrascaeta), Nuñez (Varela) e Maxi Araújo.
– Arbitragem do argentino Dario Herrera
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Eurocopa
Também definidos os confrontos de Semifinais:
– França x Espanha; Inglaterra x Holanda.
A França penou (0 x 0) mas venceu Portugal nos pênaltis. A Espanha fez um jogaço contra a Alemanha (os donos da casa) e venceu (2 x 1) na prorrogação. Os espanhóis estão invictos, venceram todas, impondo seu futebol de toques e talento.
A Inglaterra passou pela Suíça na cobrança de penalidades; e a Holanda venceu, de virada (2 x 1) a Turquia, jogo duro.
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A dupla Ba Vi
Pela 15ª rodada do Brasleirão Série A, o Bahia joga contra o Palmeiras, em São Paulo;
E o Vitória recebe o Criciúma, no Barradão. As duas partidas acontecem no domingo, dia 7julho, no mesmo horário, às 18h30.
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Foto: CBF