CONVERSA FIADA

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Por Silvana Coelho

Tem quem goste pouco de conversar. Prefere observar ou exercer o livre pensar sozinho, ainda que esteja arrodeado de outras pessoas.

Tem quem goste de “jogar conversa fora”, que significa conversar superficialmente, sem profundidade, seriedade ou compromisso.

Outros preferem conversar discutindo ideias. Nestes casos, muitas vezes a conversa envolve debates acalorados, cuja temperatura é definida pela facilidade ou não dos interlocutores entenderem que em caso de pontos de vista diferentes, não precisa que um convença o outro. Se isto ocorre, todos saem ganhando ao ampliar as suas visões.

Mas há sempre controvérsias. Tem os que acham que é sua responsabilidade ter certeza que o interlocutor entendeu seu ponto de vista, ainda que não concorde.  Outros acham que isto é perda de tempo e preferem encerrar a conversa. Os que escolhem a primeira opção acham que a segunda demonstra arrogância e dificuldade em ouvir o diferente. Os que escolhem encerrar a conversa, acham que insistir na discussão é tentar colonizar o pensamento do outro.

O importante é compreender que discussão de ideias não é briga e que a pluralidade de visões facilita o convívio.
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Ortodontista e Doutora em gestão