Eleições de 2026, 2

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Por Joaci Góes

Para o amigo Júlio Menezes!

Acontecimentos recentes, envolvendo a curul presidencial brasileira, comprovam o acerto do diagnóstico de Tom Jobim para quem “O Brasil não é para principiantes”. Senão, vejamos quanta coisa bizarra aconteceu em tão pouco tempo:

  1. Pela primeira vez, em toda a nossa História, um presidente brasileiro assumiu, gratuita e espontaneamente, a posição de inimigo maior do Presidente dos Estados Unidos, perdendo a condição de, sequer, poder trocar um telefonema com o mandatário número 1 do Colosso do Norte, em razão de pesadas ofensas a ele dirigidas;
  2. Idem, com o Presidente da Argentina, segundo maior PIB da América do Sul, como se viu da frieza do cumprimento entre os dois, no encontro do G20, no Rio de Janeiro;
  3. O mesmo com o heroico Israel que declarou o presidente brasileiro personalidade non grata, por sua postura terceiro-mundista, ao lado dos grupos terroristas;
  4. Pela primeira vez, em toda a nossa História, um presidente brasileiro foi publicamente ameaçado de morte por uma nação estrangeira, ameaça partida de Nicholas Maduro, ditador da Venezuela e, até há pouco, irmão siamês do Presidente Lula;
  5. Antes de ofender gratuitamente o Presidente Donald Trump, Lula já havia assumido o papel de agressor dos Estados Unidos, opondo-se aos valores da tradição iluminista do Ocidente, para cair nas graças dos ditadores fascistas da Rússia, da China e outras nações liberticidas terceiro-mundistas;
  6. Na véspera do encontro do G20, a Primeira dama Janja da Silva dirigiu, também gratuitamente, em linguagem prostibular, palavras ofensivas a um expoente da humanidade, Elon Musk, já escolhido como um dos mais importantes secretários da nova administração dos Estados Unidos;
  7. Por derradeiro, militares brasileiros foram presos pelo seu suposto envolvimento na tentativa de golpe de estado, acompanhado da elaboração de plano para eliminar Lula, Geraldo Alkmin e Alexandre de Morais.

Sem dúvida, não há registro na História de tanta trapalhada inconsequente em torno de um chefe de estado, contribuindo, ainda mais, para o crescimento do ambiente de ódio que estiola as possibilidades de avanço do Brasil, um dos países, historicamente, mais mal administrados do Planeta, conclusão a que chegamos quando comparamos o pouco que somos com o muito que deveríamos ser, levando-se em conta nossas enormes possibilidades.

A julgar pela violência jurídica praticada contra os manifestantes do 08 de janeiro de 2023, o maior labéu na biografia de nosso Judiciário, os recentes acusados do aludido plano golpista, independentemente de qualquer que seja o curso do processo, já estão com suas sentenças condenatórias elaboradas, aumentando, ainda mais, o já intolerante clima de ódio que se respira no Brasil. Os otimistas, porém, consideram que este ambiente irrespirável traz de positivo a exclusão de Bolsonaro e Lula, por diferentes razões, de voltarem a governar o País, abrindo espaço para novos nomes capazes de promover a indispensável paz social possibilitadora de nosso avanço: Bolsonaro por sua inelegibilidade e Lula por sua minguante popularidade e crescente rejeição levarem os que gravitam na cúpula do poder a comentarem, entre velada e abertamente, a necessidade da busca de um nome para substitui-lo na corrida presidencial, de preferência, de fora dos quadros do PT, a exemplo do Vice Presidente Geraldo Alkmin.

Pela oposição, destacam-se os nomes de Tarcísio de Freitas, Ronaldo Caiado, Ratinho e Romeu Zema, respectivamente, governadores de São Paulo, Goiás, Paraná e Minas Gerais.

Sem paz social, as sociedades estacionam ou regridem, como está acontecendo com o Brasil. Recorde-se o provérbio turco que ensina: “Quando os porcos tomam o castelo, eles não se tornam a realeza; é o castelo que vira um chiqueiro”.