Elmar Folia ainda rende…

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Por Victor Pinto
Quem roubou a cena da cobertura política do carnaval de Salvador foi o deputado federal Elmar Nascimento (UB), apelidado de “Elmar Folia”. Além dos circuitos oficiais da festa e do trio de Bell Marques, houve também parada, por exemplo, em um circuito extra-oficial: o Palácio de Ondina, residência oficial do governador Jerônimo Rodrigues (PT), seu rival em nível estadual. 

A cereja do bolo do “Elmar Folia” foi justamente esse regabofe com deputados ligados ao governador e alguns da seara netista. Mostrou que está para jogo, independente das disputas locais. Ele fez o governador Jerônimo ficar ensaboado nas respostas quando questionado sobre a preferência na queda de braço da Câmara Federal, pois o partido aliado dos petistas em solo baiano, o PSD, tem na disputa o também experiente Antônio Brito. 

Além dos ministros do União Brasil e deputados de fora do Estado, Elmar foi o anfitrião de Arthur Lira (PP), seu padrinho atual, até então. Também no abadá do Elmar Folia vimos ministros e deputados de outros Estados. 

O político de Campo Formoso quer quebrar um tabu baiano: desde 1998 um conterrâneo não se senta na cadeira principal do Plenário Ulysses Guimarães. O último foi Luís Eduardo Magalhães. Para tanto, se conseguir a proeza, além de aumentar sua influência em nível nacional, se transformará, automaticamente, por mais que os mais céticos neguem, na terceira liderança entre a dicotomia petista e netista na Bahia. Se na atual situação, até bancada na Assembleia Legislativa tem e já articula as eleições deste anos nas maiores cidades, quiçá com o título de presidente da Câmara Federal. 

Elmar tem alguns fatores favoráveis: a provável bênção de Lira como seu sucessor, o União Brasil muito bem alinhado com o PP comandando o Centrão na Câmara e determinadas forças empresariais na pavimentação da sua escalada na política nacional nos últimos anos. 

Elmar, com esse périplo, tenta mostrar força para a eleição de fevereiro de 2025, mesmo com o governo federal já no início de um movimento que pode não lhe agradar, diga-se de passagem. Não é certeza da sua força junto ao governo Lula e não se sabe ao certo se as inclinações baianas, com peso, vão lhe favorecer na capital federal. 

Apesar do aceno do atual presidente, isso não é garantia de sucesso, basta lembrar da novela com Rodrigo Maia. Nesse sobe e desce do Elmar Folia, não posso deixar passar o registro do roubo do celular do congressista no Carnaval. Na Band News, semana passada, até brinquei: tomara que não roubem o seu sonho de ser o terceiro na linha sucessória do País.
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