FESTIVAL DE CINEMA DE VENEZA 2024: TUDO QUE VOCÊ PRECISA SABER

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A 81ª edição do Festival de Cinema de Veneza começa nesta quarta-feira com a estreia da sequência do filme “Os Fantasmas Se Divertem” (1988), de Tim Burton, intitulado “Os Fantasmas Ainda Se Divertem”. Vinte e um filmes estão na competição oficial pelo Leão de Ouro no 81º Festival de Cinema de Veneza, que começa nesta quarta-feira (28) e terminará no dia 7 de setembro, segundo reportagem do Antena1.

O Festival de Cinema de Veneza é o festival mais antigo do planeta e um dos mais importantes da indústria, juntamente com Cannes e Berlim. O evento ocorre anualmente no final de agosto ou no começo de setembro na ilha de Lido, situada na Lagoa de Veneza, com as exibições realizadas no renomado Palazzo del Cinema no Lungomare Marconi.

Nos últimos três anos, os filmes que estrearam em Veneza receberam 77 indicações ao Oscar e conquistaram 14 estatuetas, o que faz o festival ser considerado um dos mais importantes termômetros para o prêmio da Academia. E, dentre os principais filmes desta edição, estão: “Coringa: Delírio a Dois“, de Todd Phillips (com Lady Gaga e Joaquin Phoenix); “Ainda Estou Aqui“, de Walter Salles (com Fernanda Montenegro, Fernanda Torres e Selton Mello); “The Room Next Door”, de Pedro Almodóvar; “Maria”, de Pablo Larraín com Angelina Jolie; “Babygirl”, com Nicole Kidman e Antonio Banderas; e “Queer”, de Luca Guadagnino.

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O Palazzo del Cinema, palco principal do Festival de Veneza

Veja a lista completa abaixo.

  • “Ainda estou aqui”, de Walter Salles. Com Fernanda Torres, Selton Mello, Fernanda Montenegro (Brasil, França / 135′);
  • “Coringa: Delírio a dois”, de Todd Phillips. Com Joaquin Phoenix, Lady Gaga, Brendan Gleeson, Catherine Keener, Zazie Beetz (Estados Unidos / 138′);
  • “María”, de Pablo Larraín. Com Angelina Jolie, Pierfrancesco Favino, Alba Rohrwacher, Haluk Bilginer, Kodi Smit-McPhee (Itália, Alemanha / 124′);
  • “The room next door”, de Pedro Almodóvar. Com Tilda Swinton, Julianne Moore, John Turturro, Alessandro Nivola (Espanha / 110′);
  • “Campo di battaglia”, de Gianni Amelio. Com Alessandro Borghi, Gabriel Montesi, Federica Rosellini (Itália / 104′);
  • “Jouer avec le feu”, de Delphine Coulin e Muriel Coulin. Com Vincent Lindon, Benjamin Voisin, Stefan Crepon (França / 110′);
  • “Leurs enfants après eux”, de Ludovic Boukherman e Zoran Boukherma. Com Paul Kircher, Angélina Woreth, Sayyid El Alami, Gilles Lellouche, Ludivine Sagnier, Louis Memmi (França / 146′);
  • “Iddu”, de Fabio Grassadonia e Antonio Piazza. Com Toni Servillo, Elio Germano, Daniela Marra, Barbora Bobulova (Itália, França / 122′);
  • “April”, de Dea Kulumbegashvili. Com Sukhitashvili, Kakha Kintsurashvili, Merab Ninidze (Geórgia, França, Itália / 143′);
  • “The brutalist”, de Brady Corbet. Com Adrien Brody, Guy Pearce, Felicity Jones (Reino Unido / 215′);
  • “Queer”, de Luca Guadagnino. Com Daniel Craig, Drew Starkey, Jason Schwartzman (Itália, Estados Unidos / 151′);
  • “Stranger eyes”, de Yeo Siew Hua. Com Chien-Ho Wu, Kang-Sheng Lee, Anicca Panna, Vera Chen (Singapura, Taiwan, França, Estados Unidos / 125′);
  • “Kjaerlight”, de Dag Johan Haugerud. Com Andrea Bræin Hovig, Tayo Cittadella Jacobsen, Marte Engebrigtsen (Noruega / 119′);
  • “Harvest”, de Athina Rachel Tsangari. Com Caleb Landry Jones, Harry Melling, Rosy McEwen (Reino Unido, Alemanha, Grécia, França, Estados Unidos / 131′);
  • “El Jockey”, de Luis Ortega. Com Nahuel Pérez Biscayart, Úrsula Corberó, Daniel Giménez Cacho (Argentina, Espanha / 96′);
  • “Babygirl”, de Halina Reijn. Com Nicole Kidman, Harris Dickinson, Antonio Banderas (Estados Unidos / 114′);
  • “Diva futura”, de Giulia Louise Steigerwalt. Com Pietro Castellitto, Barbara Ronchi, Denise Capezza (Itália / 120′);
  • “Trois amies”, de Emmanuel Mouret. Com Camille Cottin, Sara Forestier, India Hair, Grégoire Ludig, Damien Bonnard, Vincent Macaigne (França / 117′);
  • “Vermiglio”, de Maura Delpero. Com Tommaso Ragno, Giuseppe De Domenico, Roberta Rovelli (Itália, França, Bélgica / 119′);
  • “The order”, de Justin Kurzel. Com Jude Law, Nicholas Hoult, Jurnee Smollett, Tye Sheridan, Marc Maron (Canadá / 120′);
  • “Qing chun gui”, de Wang Bing. Documentário (França, Luxemburgo, Países Baixos / 152′);
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História do Festival

O Festival de Cinema de Veneza comemora, em 2024, o 92º aniversário de sua edição inaugural, e a icônica cidade italiana mais uma vez desfrutará do brilho e da sofisticação da indústria cinematográfica.

Entretanto, existem aspectos sombrios ligados à fundação do festival, ocorrida em 1932. Giuseppe Volpi, ex-ministro das Finanças do regime fascista de Benito Mussolini, foi o primeiro presidente. Seu objetivo era posicionar o evento como uma criação do fascismo, destacando uma suposta inovação cultural por meio da experimentação.

Na sua edição inaugural, realizada de 6 a 21 de agosto de 1932, o festival aconteceu no terraço do Hotel Excelsior. Contudo, o local rapidamente se mostrou insuficiente, resultando na construção do Palazzo del Cinema na ilha de Lido. Em 1937, cerca de 60 mil espectadores prestigiavam o evento.

A presença de diversas estrelas de Hollywood atraiu um grande público, que não só assistiu às projeções na tela, mas também teve a oportunidade de ver os astros de perto durante as exibições no magnífico cenário noturno de Veneza.

Esse auge supostamente cosmopolita não resistiu ao início da guerra: a partir de 1938, os prêmios para melhor filme estrangeiro foram concedidos apenas a produções da Alemanha nazista, ou seja, a um dos aliados do regime fascista. Com isso, a independência dos jurados foi comprometida, e o festival transformou-se em um espaço de propaganda. O controverso filme antissemita Jud Süss, de Veit Harlan, estreou no evento em 1940, que foi inaugurado por Joseph Goebbels, o ministro da Propaganda do regime nazista.

Perplexo com essa situação, o diplomata e historiador francês Philippe Erlanger decidiu criar seu próprio festival de cinema – em Cannes, na França.

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Festival em 1932

Do Antena1