Golpe de pirâmides com criptomoedas movimentou quase R$ 100 bilhões. Popó foi uma das vítimas

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O Fantástico fez um levantamento inédito e exclusivo sobre as 20 empresas investigadas como pirâmides financeiras no Brasil.

Em seis anos, os golpistas deixaram no prejuízo pelo menos 2,7 milhões de investidores e movimentaram quase R$ 100 bilhões.

Milhões de investidores se deixaram seduzir por um dos golpes financeiros mais antigos na praça, as pirâmides, que passaram a usar como isca o que muita gente ainda não entende bem: as criptomoedas: moedas virtuais negociadas na internet. O boxeador baianoi, Acelino Popó de Freitas foi uma das vítimas.

Os casos se multiplicaram nos últimos anos, mesmo com operações policiais, apreensões, prisões.

O Fantástico ouviu investigadores da Polícia Federal, da Polícia Civil, do Ministério Público Federal, conversou com especialistas nesse crime e fez um levantamento exclusivo do número de vítimas e do volume de dinheiro envolvido nesses golpes de 2017 pra cá.

As promessas de lucros exorbitantes foram a armadilha. A garantia de não correr riscos, uma farsa. Nas redes sociais, vídeos que arquitetavam a ação:

“Ei, pobre, sabe por que você não é rico? Porque não tem consciência de quem é. A minha mente é milionária, por isso que me tornei milionário. Olha no meu olho e vê se eu tenho dúvida do que eu tô construindo”, mostrava outro vídeo.

Popó e dona Maria tiveram perdas financeiras com a empresa Braiscompany. Popó colocou R$ 1,2 milhão; dona Maria, R$ 97 mil. E enquanto vítimas começam a aparecer, o dono da Braiscompany, Antônio Neto e a esposa, Fabrícia Campos, sumiram.
“A forma que o cara olhava, as lives que ele fazia todo dia, o poder de convencimento que esse cara tinha, que a coisa era real”, conta Acelino Popó, campeão mundial de boxe.
Com o G1