Por Alessandra Nascimento
O título dessa matéria só será entendido por quem nasceu nos 70 (do século passado). Quem via na sessão da tarde as aventuras e desventuras de um fusquinha de corridas que virou série. Eita carrinho danado. Reinou por cinquenta anos nas telas do cinema fazendo suas peripécias.
Herbie, como todo o modelo da época, usava sua gasolina, feita com combustível fóssil, tinha sua cor ora café com leite, ora branca (dependia do humor do iluminador e dos efeitos da época).
Ai esse Herbie… Era minha paixão. Ainda é. Adoro matar saudades visitando o clube do fusca. Quando passa um modelo na rua meus olhos marejam.
Mas os tempos são outros. Agora os modelos da BYD vão cada vez mais ganhando as ruas das grandes metrópoles brasileiras. Carros elétricos, não poluentes, muito mais velozes que meu Herbie. Muito mais inovadores que meu fusquinha. Muito mais seguros, muito mais…
Ah se meu Herbie falasse… O que ele diria da industria automobilística do século XXI? Da energia renovável, de toda essa tecnologia e inovação. Da visão sustentável, das preocupações com o meio ambiente, da inteligência artificial no modo de produção. Ah, o que meu Herbie não diria…
Meu Herbie vai para o museu me deixando saudades. Mas na vida é como as águas do rio, segue em frente. E vemos os veículos chineses da BYD chegando. Trazendo um mega investimento de R$ 3 bilhões para Camaçari beneficiando as familias de 5 mil pessoas que trabalharão direta ou indiretamente na produção.
A BYD é considerada a maior fabricante de carros elétricos do planeta e vem inovar o mercado automobilístico nacional. E tudo isso nascendo aqui na Bahia, terra onde o Brasil foi descoberto sendo a primeira a fazer a transição energética. É Herbie, se você falasse estaria mudo surpreendido com o quanto o mundo mudou.
Jornalista e editora-chefe Site Café com Informação