O prefeito de Madre de Deus, município da Região Metropolitana de Salvador, Dailton Filho (PSB), teve um pedido de afastamento de seu cargo protocolado junto ao Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA). O MP-BA também está requerendo que o gestor reembolse o valor de R$ 683.629,85 aos cofres públicos, referente a um pagamento considerado “ilegal” a médicos contratados pela administração durante o período de maio a agosto de 2021.
Os contratos com os médicos foram estabelecidos com o Instituto Vida Forte, que assumiria a gestão do Hospital Municipal Eduardo Ribeiro Bahiana e do Centro de Especialidades Médicas. O Instituto Vida Forte deveria ser responsável pelo pagamento dos salários, uma vez que já havia recebido os recursos da prefeitura.
O Ministério Público da Bahia confirmou o recebimento do pedido de afastamento, mas não fez comentários adicionais até a formalização da denúncia.
De acordo com documentos internos e correspondências, Dailton Filho teria assumido a dívida de forma imediata, sem prévia consulta à assessoria jurídica do município e sem tomar medidas efetivas para cobrar o Instituto Vida Forte a fim de regularizar a dívida.
A secretária de Saúde local, Salette Guimarães Brito Bahia, e o representante do Instituto Vida Forte, Elmo Luiz Alves Lemos Filho, entre outros envolvidos, foram notificados para prestar depoimentos futuros sobre o contrato e seus desdobramentos.
Com o A Tarde
