POCOTÓ IBÉRICO PARTE III – MADRID E ARREDORES PROCURANDO ANCELOTTI

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Por Marcelo Pockye

Chegamos em Madrid pelos trilhos. Na viagem, impossível minha mente inquieta não levantar a questão do país mais bonito do mundo não ser todo cortado por ferrovias. Eu e Miloca conversamos sobre a maravilhosa possibilidade do nosso Nordeste ser todo visitado através de trens. Enfim……
Vou na busca do cara que jogava pra cacete naquele timaço do Milan e ver se ele quer dirigir meu super Vascão. Ele me sinalizou positivamente, mas preciso acertar isso pessoalmente. Caso ele negue, mesmo assim, ganho algumas manchetes. Não é assim que funciona?
Em Madrid, a comida é cara (não só a comida, mas tudo) e uma mierda. As pessoas mais retraídas, constritas que Barcelona, mas muito atenciosas com relação a ajudar um pangaré poliglota que não fala nenhuma língua direito a achar caminhos. Eu pergunto, a pessoa ensina. Em 10 metros, eu esqueço, pergunto para outra pessoa e vou fazendo zigue-zague até chegar. Me acabo de rir (internamente, lógico).
Iniciamos a invasão dos arredores em duas pequenas cidades: uma com uma catedral extremamente imponente e uma universidade importante para a região e outra que mais parece um castelo cercado por um imenso muro. O fone de ouvido ligado na seleção musical do DJ Pockye me ajudou a enfrentar os mais de 400 Kms de estrada. Haja bunda.
Museu. Um dos mais importantes do mundo. Pinturas e esculturas das mais variadas.………sim, sim, sim. Um litro e meio de cerveja madrilenha logo após acompanhado com as tais ‘batatas bravas’. Agora, sim!!!
Nova invasão. Agora numa cidade lindíssima, protegida por um rio e forjada sob três culturas. Essa, de tirar o fôlego. Depois, numa segunda estilo Peido Sem Cheiro, onde, ao final, tomamos uma chuva de granizo como complemento. Foi um tremendo ‘cof, cof’ no ônibus. Bunda quadrada por mais 350 kms.
A tosse acabou colando na Miloca e desistimos de visitar um segundo museu que homenageia uma rainha no nome.
Encerramos assim nossa esticada ibérica. O pangaré que vos fala adorou.

IMPRESSÕES SOBRE A ZOROPA IBÉRICA

Um senso de coletividade e educação notável, eu diria, invejável. Ruas limpíssimas (capitais e arredores) e muito bem cuidadas (calçadas/passeios). Pouquíssima carne bovina, temperos merdas nas outras proteínas. População, no geral, magra. Frio e calor repentinos. Tudo muito caro (infelizmente pegamos a relação 6-1). Muitas ladeiras – principalmente Lisboa e arredores – e andanças. Cultura e História pracaiaio.
Em termos de belezas naturais, nada que impressione quem conhece Rio de Janeiro e Salvador.

Não citei nomes de demais cidades (que não as capitais), passeios, guias, restaurantes, hotéis, hostels, comidas, bebidas, museus, enfim, não dei nenhuma ‘dica de viagem’ por entender que, por óbvio, as pessoas têm gostos e visões diferentes da vida e do mundo.
Tenho total noção da minha desimportância nesse mundão.
Fiz aqui apenas um breve resumo, dentro da minha ótica mequetrefe, de uma baita esticada de 16 dias.
Tomar várias jarras de sangria acompanhado da especial Milena Sodré em terras distantes será algo que ficará marcado comigo por muito tempo.
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Escritor, advogado e DJ