Real atropela Pachuca e vence a Intercontinental de Clubes

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Por Zédejesusbarreto

A festa armada pela FIFA, em Doha, foi completa. Um ‘papai noel’ para o time da realeza espanhola, depois do vexame da premiação “Bola de Ouro, em Paris, quando os madrilenhos lá nem foram. Primeiro, a premiação dos melhores (The Best FIFA) de 2024, levada a Doha, onde já estava o Real (melhor time, melhor treinador, melhor jogador…); depois a final de um torneio (que já teve o caráter de ‘mundial de clubes’), onde o esquadrão de Madrid ficou de camarote, só entrou em campo direto pra ganhar o título, na final. O Pachuca do México, pra chegar à final, teve de golear o estafado Botafogo (3 x 0) e passar pelo Al Ahly, do Egito, nos pênaltis.

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 O jogo

 – Real Madrid 3 x 0 Pachuca/Méx, final da Copa Intercontinental de Clubes, estádio Lusail, em Doha/ Catar (aquele que parece um balaio dourado), quase lotado (mais de 77 mil presentes), ingressos esgotados. Noite limpa nas arábias, 18 graus. O Pachuca com seu uniforme em verde escuro e o Real inteiro de branco. O brasileiro e baiano Bebeto, campeão mundial em 94, entrou com o troféu, apresentando-o ao público.

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Com bola rolando…

 – Os mexicanos na sua correria, marcação na pressão e pegada forte, o jogo mais físico. O Real com a bola no chão, trocando passes. Até os 10 minutos só o Pachuca atacou. Aos poucos os espanhóis foram equilibrando, chegando mais.

– Gol! 1 x 0 Real, aos 36min. Bellingham limpou e achou Vini Jr penetrando na área pela esquerda, o brasileiro driblou o goleiro e rolou para Mbappé finalizar, livre. Bela jogada coletiva.

 Os mexicanos sentiram, ficaram meio que atordoados, os madrilenhos já mais à vontade, com o comando das ações, impondo seu toque de bola. Uma boa primeira etapa, com destaque para o futebol elegante de Bellingham, o incansável Camavinga, Mbbapé e o buliçoso Vini Jr.

  Segunda etapa – Como perdia, o Pachuca retornou em cima, buscando o empate, na raça. O Real valorizando a posse e o toque de bola, mais qualidade individual. Aos 6’, bom chute de Rodriguez, assustando Courtois. Quando os mexicanos pareciam mais próximos de pontuar apareceu a técnica, a melhor qualidade individual …

– Gol! 2 x 0 Real, aos 7’. Golaço de Rodrygo, em bela jogada, driblando, limpando e batendo da meia-lua, na costura da rede.

 Claro, o gol quebrou a guia do Pachuca, mas os mexicanos não baixaram a cabeça, mantendo a marcação sob pressão, adiantada. Ancelotti, antes dos 20min, começou a substituir os mais cansados, vindos de lesões (Mbappé e Camavinga saíram). Aos 21’, Courtois foi exigido numa boa cobrança de falta da intermediária, espalmando por baixo, no rodapé. Aos 23’, em boa trama coletiva, Vini Jr tenta, a bola desvia, passa perto.

– Aos 25’, ótima cabeçada de Randón, raspou o travessão de Courtois. Aos 28’, após tabela com Bellingham, Vini Jr parou na saída do goleiro Moreno. O Real já sem pressa, administrando, retomando as rédeas da peleja.

 Olhe o VAR! Aos 35’, Lucas Vasquez foi derrubado na área, o árbitro vacilou, o VAR chamou, o soprador foi ao vídeo e marcou a penalidade.

 – Gol! 3 x 0 Real Madrid. Vini Jr, o ‘melhor do mundo’, bateu seco, por baixo, o goleiro ainda tocou mas a bola passou por baixo do corpo. Aos 38min.   

 A essa altura os mexicanos já batidos, abatidos.  Aos 42’, Vini Jr arriscou e passou perto. Aos 44’, Vini Jr entrou de cara e perdeu, tentou encobrir o goleiro e a bola ficou nas mãos do arqueiro. E foi só, suficiente.

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 Mais um título na vitoriosa carreira do treinador Ancelotti, 15 trofeus conquistados só à frente do Real Madrid. Dizer mais o quê?

Destaques para Bellingham, Vini Jr, Rodrygo, Mbappé, Rdiger …  os craques fazem a diferença.  

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Escalações

– Real de Ancelotti: Courtois, Lucas Vasquez, Tchouameni, Rudiger e Fran Garcia; Kamavinga, Valverde, Rodrigo e Bellingham; Mbappé e Vini Jr. (Ceballos, Ibrahim Diaz, Modric, Ascêncio e Arda)

– Pachuca do México: Moreno, Barreto, Micolta, Gonzalez e Rodriguez; Pedrosa, Deossa, Montiel; Idrisse, Bautista e Rondón. Guillermo Almada, o treinador. (Sanchez, Mena, Dominguez, Hernandez)

 – Arbitragem sul-americana, da Venezuela.  

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Bastidores da dupla Ba Vi

 O torcedor do Tricolor, ansioso e cabreiro, pergunta: – Teremos time em fevereiro em condições de encarar o Boca Juniors da Argentina?  Pergunta pertinente, pois o Boca pode ser o primeiro adversário do Bahia na Pré-Libertadores e se jogarmos da forma como encerramos a temporada e o Brasileirão 2024 vai ser um vexame. O Boca tem história, camisa, títulos na competição e costuma jogar duro, time milongueiro.

 O Bahia, todos sabemos, precisa de uns 7/8 reforços de qualidade – goleiro, lateral canhoto, um zagueiro tarimbado, um meio campista pegador, um ou dois atacantes finalizadores…  e, até agora, só muita especulação, nada fechado. Renovou com o veterano goleiro Danilo Fernandes e adquiriu/renovou com o uruguaio Acevedo, uma boa. No mais…

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 O presidente Rubro-negro, Fábio Motta, promete uns 12 novos jogadores para a temporada 2025. Mais um goleiro, zagueiro, laterais, meio-campistas e atacantes. Alerrandro, o artilheiro, continua na berlinda; fica ou sai? O Guarani de Campinas, dono do passe, tá endurecendo, ‘quem dá mais’? 

Por enquanto, muitos nomes cogitados, alguns internacionais, mas nenhum fechado oficialmente. O bom treinador Thiago Carpini continua, e o Barradão passa por reformas.

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 O Campeonato baiano começa já na segunda semana de janeiro e a dupla Ba Vi, com os titulares ainda voltando de férias, fará os primeiros jogos com o time sub-20.     

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 FIFA The Best/2024

 A premiação aconteceu numa cerimônia fechada, num grande hotel de Doha/Catar, na tarde /noite de terça. O maior homenageado da festa foi o brasileiro Vini Jr, ponteiro canhoto do Real Madrid, escolhido como ‘o melhor do mundo’, enfim. Votaram na premiação treinadores, atletas e cronistas esportivos.  Vini ficou em primeiro, Rodri em segundo e Mbapé em terceiro. Messi confessou que votou em Lamine Yamal, Mbappé e Bellingham.

 Muito emocionado, o brasileiro ‘best’ fez um discurso de orgulho, sofrências e chorumelas: “Agora, sou o Melhor do Mundo!”. Bem, esperamos que com um pouco mais de humildade em campo ele possa mostrar isso também com a camisa da Seleção Brasileira. Tem talento, às vezes ofuscado por conta de presepadas, provocações, outros focos além da bola.

 O Brasil/Vini Jr ganha o troféu 14 anos depois de Kaká (2097) ter sido o último brasileiro escolhido. Ronaldo ‘fenômeno’ foi eleito três vezes, Ronaldinho Gaúcho duas, Rivaldo e Kaká. Agora Vini Jr, parabéns, pois. Marta ganhou o troféu de gol mais bonito (feminino) e o argentino Garnacho papou o Troféu Puskas e gol mais bonito (masculino). No mais, a premiação FIFA foi idêntica à premiação do jornal francês France Bool, mais antiga. Ancelotti escolhido como melhor treinador, Emma Keys (EUA) a melhor treinadora, Aitana Bonmatti do Barcelona escolhida como melhor jogadora, e o goleiro argentino Martinez como o ‘best’.

 A seleção/FIFA 2024: Martinez, Carvajal, Rudigger, Rubem Diaz e Saliba; Rodri, Bellingham e Kroos; Lamine Yamal, Haaland e Vini Jr.  (sem reparos).
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Foto: Reprodução