Por Diácono Joselito Conceição
Embora natural de Salvador, hoje moro em Amargosa, bem verdade que sinto saudades das águas salgadas da Praia da Boa Viagem onde vivi quase toda minha vida, na orla da Baía de Todos os Santos, e santo é que não falta por lá, dizem que o contrário também, mas desses não quero nem saber, prefiro lembrar da minha santinha beata, a Bispa Maria Helena, embora ainda não reconhecida pela igreja, mas muito conhecida na paróquia e em muitas outras na Arquidiocese de Salvador, a doce Irmã Violeta que acolhe tantos abandonados pela vida, com carinho de mãe, o Irmão Gabriel que consome sua vida na alegria caridosa de cuidar dos idosos de Deus, tantos outros santinhos conhecidos e anônimos.

Para que saber de quem é do mal se temos tantos do bem, que de fato fizeram boa viagem terrestre, para chegar ao destino final, como a Beata Irmã Lindalva Justo de Oliveira e  Santa Dulce dos Pobres, que combateram o bom combate. Da Boa Viagem só quero lembranças boas, os acordes sonoros dos violões de Bigode, Nonô, Nana, a voz de Betinho, Adalberto, Lulu, amigos de saudosa memória, sem esquecer da voz e violão de Fatinha no vigor da vida cantando e tocando com Ives Zagalo na  Boa Viagem, a Bispa Maria Helena que já fez sucesso profissional como cantora de rádio, os instrumentistas Fred Menendez e Vicente do Cheiro de Amor, a voz de Reinaldo Oliveira, o humor de Paulo, herdado do seu Pai, Mizito, o palhaço Pinduca, Janete da Banda Mel e seu irmão Jackson , o Coral de Bodas de Ouro: CCM, da Congregação Mariana da Boa Viagem, que teve entre seus membros Margareth Menezes, lembramos Elielson da banda Zé Fubuia, a Cantora Isadele Lopes, etc.

É fato que  a Boa Viagem é celeiro de santos, mas também de artistas, tantos que corro o risco de esquecer de alguns, por isso recorro ao renomado jornalista e escritor, filho da Boa Viagem, de memória melhor que minha, Jolivaldo Freitas… Socorro Val!!!  Quase não consigo terminar o texto. Aqui em Amargosa, não conheço bem a cidade, ainda não tenho história para contar, só a beleza que pode ser contemplada e o afago do seu povo tão acolhedor. Certa vez disse ao Professor José Newton, estou em Amargosa, e ele professor, escritor, poeta, não demorou: “Mas Amargosa é doce!”

Não sei como ele teve essa inspiração, cada dia que passa, sinto mais o sabor da doçura dessa terra, que somente quem experimenta sabe, você que lê este texto, não viaje na imaginação, venha ver e sentir. Obrigado professor José Newton pela dica, supero a saudade do sal da Praia da Boa Viagem, com a doçura de Amargosa. A cidade é “uma benção” na Região do Vale do Jiquiriçá, com valoroso cartão postal, um jardim cheio de efeitos artísticos nas pequenas árvores, em frente à Catedral de extraordinária exuberância.

Venha ver!
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Diácono Permanente, Radialista, Articulista, Poeta, membro do Centro de Estudos Marianos da Bahia a da Academia de Letras e Artes Mater Salvatoris