Por Joaci Góes
Para o amigo Rizodalvo Menezes!
O Hospital Aliança, fundado pelo empresário visionário Paulo Sérgio Tourinho, que marcou época na modernização da estrutura hospitalar no Estado da Bahia, dá, agora, mais um salto de qualidade na incrementação de um avanço que o iguala, ao que há de melhor no Brasil, a exemplo do InCor (Instituto do Coração), o Sírio Libanês e o Hospital Einstein, todos em São Paulo.
Este depoimento decorre de nossa recente hospitalização ali, para a realização de um cateterismo, procedimento médico invasivo para diagnosticar e tratar problemas do coração. Consiste na introdução de um tubo flexível, chamado cateter, em uma das artérias periféricas do braço ou da parte superior da coxa, e guiado até chegar ao coração. Ao longo do processo, o corpo médico tem acesso visual ao interior dos vasos sanguíneos, ensejando-lhe identificar eventuais alterações e diagnosticar doenças como infarto e arritmias em suas diferentes tipologias e estágios. Erros na realização desse delicado procedimento podem resultar em sequelas graves e, até mesmo, na morte.
Tão logo me foi aconselhada a realização desse procedimento pelo renomado cardiologista Eduardo Novaes, indicado pela gestora de minha saúde geral, a médica Reine Chaves, decidi fazê-lo em São Paulo, em razão da reconhecida qualidade internacional da medicina ali praticada, apesar do completo êxito que tive ao submeter-me a esse mesmo procedimento, há cerca de vinte anos, em nosso velho e bom Hospital Português, pelas mãos competentes do cardiologista José Carlos Brito. Com serena autoridade, o Dr. Eduardo Novaes convenceu-me a realizá-lo no Hospital Aliança, assegurando-me que faria a mesma recomendação se seu pai eu fosse.
Desde a recepção na chegada ao hospital, às 05,30Hrs, até a saída no fim da tarde do mesmo dia, o meu sentimento foi de agradável e completo encantamento. As instalações da nova ala Estrela Aliança, inaugurada há quatro meses, são de hotel de cinco estrelas. O corpo de funcionários, absolutamente exemplar, pela gentileza e pronta disponibilidade, a começar pela recepcionista Sandriele Batista, revelando o esmero do treinamento a que fora submetido, culminando com o transporte para o centro cirúrgico, onde me aguardava uma equipe de profissionais da melhor qualidade, a exemplo das enfermeiras Aline e Helena , os técnicos Regina, Helton e Eder, o anestesista Dr. Valfredo Brandão, o Dr. Adriano Dourado, médico realizador do cateterismo, e seu assistente Dr. Gabriel Leal. Como anjo da guarda, a supervisionar toda a operação, a vigilância fraterna e competente do Dr. Eduardo Novaes. Meia hora depois, sem a dor mínima ou o menor incômodo, quando supunha que o procedimento se encontrava, ainda, em seu estágio inicial, fui arrodeado por todos os integrantes dessa eclética equipe que me parabenizavam pela exitosa conclusão dos trabalhos e diagnóstico tranquilizador.
Sem dúvida, sem juízo comparativo com outras unidades hospitalares que, na Bahia, realizam trabalho de superior qualidade, saí do hospital disposto a rechaçar quem quer que me venha dizer que as melhores unidades de saúde na Bahia são as companhias aéreas.
Certamente, a qualidade hospitalar do Aliança é algo que mantém vivo o moribundo orgulho baiano, compensando, parcialmente, o fato de nosso Estado ostentar os piores indicadores de um IDH que se situa entre os mais baixos do Mundo, pela violência, doenças derivadas da precariedade sanitária, subhabitações e pela postura passiva da maioria do nosso povo continuar elegendo e reelegendo os responsáveis pela crescente perda de expressão de nossa unidade federativa, como se fôssemos padecentes da Síndrome de Estocolmo ou mulher de malandro.