Um jogo difícil, conturbado pela arbitragem, o Vitória, com um atleta a mais em campo desde os 18 minutos, arrancou empate (2 x 2) com a Ponte e assumiu com 38 pontos ganhos (o Sport também tem 38) a vice-liderança, na primeira rodada do returno da competição. O líder, com 39 pontos, é o Novorizontino, que bateu o Vila Nova (3 x 1). Um bom resultado, pelas circunstâncias da partida.
O Leão não jogou bem, mas brigou muito até o final, buscou o resultado. A Macaca de Campinas com 15 minutos de jogo já vencia por 2 x 0, a defesa baiana atarantada. Mas, aos 18 minutos, após uma entrada de carrinho pela intermediária, o árbitro expulsou o volante Mateus, da Ponte, e … mudou o panorama da partida. O time baiano foi todo pro ataque e a Ponte Preta se defendia como podia. Os gols do Leão saíram na segunda etapa.
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Em Campinas/SP
– Pela20ª rodada, começo do returno. O Leão baiano no alto da tabela, querendo retomar a liderança; a ponte em 13º lugar, com 22 pontos, precisando se distanciar da zona de agonias.
– Estádio Moisés Lucarelli, domingo anoitecido, tempo limpo, público meeiro nas arquibancadas, presença de rubro-negros, piso aceitável. A Ponte de branco com aquela faixa diagonal preta, na frente; O Leão com seu tradicional rubro-negro.
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Com bola rolando…
– O time baiano começou como se estivesse no Barradão, pondo ritmo. Mas a ‘macaca’ surpreendeu.
– Gol! 1 x 0 Ponte Preta, aos 8 minutos. Bola levantada da esquerda, larga, Leo Naldi subiu fechando da direita, mais alto que o marcador Marcelo, e testou firme; a bola ainda bateu na trave antes de beijar as redes.
– Gol! 2 x 0 Ponte, André, aos 12 minutos. Um golaço do veterano centroavante. Bola levantada da direita para a área baiana, André subiu livre, nas proiximidades da marca do pênalti e acertou, de primeira, um voleio ou meia bicicleta, no ângulo. Pintura.
Aos 18, após uma falta dura – mas normal de jogo – do apoiador Mateus, um carrinho na intermediária, o árbitro ‘rigoroso’ deu cartão amarelo, mas foi chamado pelo VAR e voltou a campo expulsando o jogador da Ponte Preta, aos 18 minutos, para revolta total dos campineiros. O Vitória com um atleta a mais em campo, agradecido ao apitador Maguielson.
Com um a mais em campo, Leo Condé retirou o lateral Marcelo e colocou o atacante Welington Nem em campo, mudando a estratégia de jogo pra tentar virar o placar. O Leão inteiro ao ataque, pois, a alçar bolas na área paulista. Sem êxito.
– Aos 45’, num contragolpe, Leo Naldi arrancou sozinho, destampou na cara de Lucas Arcanjo, o chute subiu, chance clara de ampliar desperdiçada.
No intervalo, xingamentos pra cima do soprador de apito. O fato é que, com um atleta a mais desde os 18 minutos, o Leão rubro-negro cresceu, teve volume de jogo mas nada criou. A Macaca fez os 2 x 0 limpos, suportou bem atrás o assédio e quase ampliou o placar num contragolpe.
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Na Ponte, o treinador trocou o veterano meia Elvis, já púnico com cartão amarelo, pelo jovem Samuel, mais marcador. Leo Condé tirou o zagueiro João Vitor e colocou mais um meio-campista, Giovanne Augusto, abandonando o esquema de três zagueiros e lançando-se à frente; afinal, o time baiano tinha mais um em campo e perdia de 2 x 0. Ao tudo ou nada, assédio total. A Macaca encolhida, três volantes de marcação. Todos atrás da linha da bola, segurando a vantagem.
– Aos 2 minutos, Nem recebeu em profundidade na área inimiga, de frente, mas bateu pra fora. E seguiu a insistência com bolas altas na área paulista. Aos 13 minutos, após mais um lance aéreo na área da Ponte, o VAR chamou, outra vez o árbitro foi avaliar – agora uma possível pênalti, mão na bola ou bola na mão do zagueiro. Pênalti marcado.
– Gol! 2 x 1, Gamalho bateu a penalidade, rasteiro, forte e no canto. Aos 16 minutos.
Mailson e Paulo e Everton entraram na Ponte, mais fôlego pra suportar o sufoco. Aos 25’, Zeca no lugar de Railan. Thomaz na Ponte, Iury Castilho Zé Hugo no Vitória.
– Gol! da Ponte Preta, aos 27 minutos Mailson, uma bomba de fora da área! Mas…
O árbitro que estava bem próximo do lance e deu o gol, lkogo depois volta atrás e anula o tento, alegando que a bola tocou na mão do atacante. Gol anulado. Muito estranha a atitude do apitador, mais uma vez.
– Gol! 2 x2 Vitória! Aos 40 minutos. Iury Castilho, estreante, tinha acabado de entrar, recebeu passe da esquerda e emendou de prima, da entrada da área, estufando as redes. O VAR chamou a atenção para uma possível falta cometida no lance sobre um defensor da Ponte. O apitador não foi ver o vídeo, conversou, conversou e marcou, confirmou o gol.
E o Rubro-negro continuou em cima, buscando a virada, até o derradeiro apito. Protestos dos campineiros no gramado e arquibancadas contra a arbitragem.
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Ficha Técnica
– A Ponte Preta, ‘a macaca’, escalada pelo técnico Pintado: Caíque, Wéverton, Edson, Fábio Sanches e Artur; Felipinho, Mateus e Elvis; André, Naldi e Eliel.
– O Vitória do treinador Leo Condé: Yan, João Victor e Wagner Leonardo; Railan, Dudu, Gegê, Mateusinho e Marcelo; Matheus Gonçalves e Gamalho.
– Arbitragem do DF, com VAR; no apito, Maguielson Lima Barbosa. Fez uma primeira etapa no mínimo estranha, com rigor demais pra cima da macaca e alisando a juba do leão. No segundo tempo, um pênalti (discutível, pois a bola resvalou na cabeça do atleta antes de bater na mão) marcado, na chamada do VAR e interpretação dele. Depois, anulou um gol (sem VAR) da Ponte que ele próprio já tinha marcado. Aos 40’, confirmou o gol de empate do Vitória sem ver o lance no vídeo, depois da chamada do VAR alertando para possível irregularidade. Uma arbitragem muito confusa, enroscada, suspeitosa.
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Na sequência, pela rodada 21, o Vitória encara o ABC de Natal. Quarta, dia 2, no Barradão, às 21h30.
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Quarta-feira, 7h, pela Copa do Mundo Feminina/FIFA, Brasil x Jamaica. Jogo da classificação, fase de Grupos.
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Foto: EC Vitória