Por Joaci Góes
Ao Eminente General André Luiz Aguiar Ribeiro!
À boca pequena, crescem as cogitações sobre a necessidade de submeter o Presidente Lula a um processo de impeachment, como medida indispensável para evitar o colapso financeiro da Administração, em razão da irresponsabilidade fiscal do atual Governo. De fato, os números são mais do que preocupantes, derivado do tamanho da dívida pública, correspondente a 80% do PIB brasileiro, da ordem de 2,3 trilhões de dólares, R$10.120.000.000.000.00 (Dez trilhões e 120 bilhões de Reais), financiados a juros de Selic de 15%a.a., perfazendo um total de juros de R$1.518.000.000.000,00 (Um trilhão, quinhentos e dezoito bilhões de Reais), anualmente, chegando a R$126.000.000.000,00 (cento e vinte e seis bilhões de Reais) por mês, ou R$4.270.000.000,00 (Quatro bilhões, duzentos e setenta milhões de Reais, ao dia! Ufa!!!
Com tamanho endividamento o Brasil está tecnicamente, quebrado, razão pela qual o desastre será inevitável se não pusermos fim, imediatamente, à gastança desenfreada que paralisará o setor público, já nos primeiros meses de 2026. Enquanto as advertências de dentro e de fora do Brasil não param de chegar, o Governo, fazendo ouvidos de mercador, continua a aumentar a gastança, na contramão da experiência das organizações públicas e privadas mais bem sucedidas, mundo afora.
É curioso que se discuta a constitucionalidade da decisão do Congresso, ao derrubar o aumento do IOF, quando a matéria necessita de aprovação do Legislativo, trajeto que pressupõe, necessariamente, a hipótese de rejeição. Caso contrário, o Executivo teria autonomia para editá-la. O desesperado recurso ao Judiciário coloca o Governo Lula em rota de colisão com a grande maioria de deputados e senadores, entre os quais muitos que integram partidos que administram importantes ministérios.
A verdade é que ficou muito claro que a baixa popularidade de Lula não deriva de erros no processo de comunicação social que levou o Governo a trocar o ministro da Pasta. Deriva, sim, da má qualidade da administração, representativa da postura que caracteriza a famosa distinção que Winston Churchill fez entre político e estadista, ao concluir que enquanto o primeiro atua, exclusivamente, de olhos na próxima eleição, o segundo age motivado pelos interesses das próximas gerações. Adepto do princípio “aprés moi, le déluge”, (Depois de mim, nada importa), em tradução livre, como se viu nos seus quatro governos anteriores e acentuado no atual, o que interessa, mesmo, ao projeto de poder do Partido dos Trabalhadores, é vencer as próximas eleições. O resto que se dane!
Acontece que a população, majoritariamente, acordou de seu sono letárgico e está manifestando crescente repúdio às práticas lulistas, sentimento comum a todas as classes e regiões do Brasil. Até mesmo no exterior é minguante o prestígio do presidente operário, ficando cada vez mais distante da famosa frase de Barack Obama, então presidente dos Estados Unidos, ao elogiar o ex-torneiro, dizendo sobre ele, numa reunião de cúpula: “Este é o cara” (This is the guy). Como consequência, a grande imprensa internacional vem advertindo sobre o declinante papel do Brasil na diplomacia internacional, em razão da aliança de Lula com o que há de mais retrógrado e antidemocrático, a exemplo da Venezuela, Nicarágua, Irã e movimentos terroristas contrários à expansão dos valores ocidentais.
Lula cansa velhos aliados ao insistir na repetição de bordões desqualificados pela experiência dos povos avançados, o mais repetido dos quais sendo a velha fórmula de atiçar os que têm pouco contra os que têm mais.
Já vimos no que dá Presidente que desafia a vontade majoritária do Congresso Nacional. Que o digam Collor de Melo e Dilma Roussef!