Por Henrique Ribeiro
O Joaquim de Filipo, era um nordestino, católico e devoto de “Padin Ciço” Ele tinha 05 filhos, um do sexo feminino e quatro do sexo masculino.
O filho mais velho Cícero casa com Madalena e resolve ir para S.Paulo, mesmo contra a opinão do pai, por que não via perpesctiva de melhora na terra natal, Cândido Sales. Vendeu a jumenta preta apelidada de Benedita e sobe num “pau de arara” rumo ao sudeste com sua mulher.
No meio do caminho o “pau de arara” quebra em Minas Gerais perto da fazenda Alterosa.
O dono da fazenda Sr.Teo está a procura de gerente para sua fazenda. O dono da venda Sr. Tomé ao vê o Cícero convence-o interromper sua viagem para S.Paulo e aceitar o função de gerente na fazenda do Sr.Teo.
O fazendeiro fica encantado com o matuto Cícero e não se enganou. O Cícero além de trabalhador é honesto.
Dentro de pouco tempo torna a fazenda um “brinco” Madalena dá a luz um menino Isaque.
Todos os roceiros da região são fãs de Cícero e presenteia o casal com galinhas porcos e roupinhas de bebê.
Sr.Teo leva a esposa Célia para visitar a fazenda, ela fica encantada com a fazenda e com o casal, logo se oferece para ser madrinha do bebê, se já não faltava nada para o bebê, agora sobra tudo.
Um ano depois nasce o 5* filho do casal que a mãe batizou com o nome de José do Egito. O parto foi difícil, mas sobreviveram a mãe e o rebento, graça a atuação do Dr. Rielson que usou o forceps para salvá-los. O menino nasceu fraco e mirrado, quase matou a mãe, mas cresceu inteligente diferente dos irmãos. Isso agradou a mãe que estudou até o 3* ano primário, mas desagradou o pai que queria mais mãos para o trabalho braçal.O pai levou Zé do Egito para labuta, mas depois dele ser atacado por uma jibóia, o pai desisistiu de colocá-lo na trabalho e deixou a mãe levá-lo para escola. Ele se dá muito bem a ponto da profa Silvina colocá-lo como monitor para ensinar os mais atrasados.
Ele lê livros e jornais, avisa ao pai que o jornal Tribuna d’Alterosa traz uma notícia ruim que uma praga de gafanhotos está vindo do E.Santo para Minas e aconselha antecipar a colheita do milho. O pai ouve o filho e se dá bem, salvando a lavoura, enquanto os outros agricultores perdem a safra. O pai começa aceitar mais o filho, mas fica com medo dos outros se revoltarem pelo tratamento diferenciado dado a este filho.
No trajeto para escola ele foi picado por uma cascável e teve que ser levado para a cidade Alterosa, para o hospital mais próximo.
Sr Vavá, dono do caminhou que levou o garoto salvando a vida, entra em contacto com Sr Teo que assume a responsabilidade de cuidar do garoto.
O garoto teve alta e foi para casa do Sr Teo.
Sr.Teo faleceu de IAM.
O Zé do Egito ficou nervoso, com a morte do seu protetor, decidiu ir para Rio de Janeiro, realizar seu sonho de conhecer o mar.
Ao chegar no Rio de Janeiro foi para o cais e ficou observando a descarga do barco.
Foi surpreendido pelo Comandante que lhe pediu ajuda para descarregar o barco Felicidade por que um dos marinheiros faltou por motivo de doença.
Quando o comandante foi pagá-lo pela sua ajuda, ele recusou e disse:
Eu só fiz um favor.
O comandante ficou admirado da atitude do rapaz e procurou saber mais do mesmo.
Descobriu que ele estava desempregado e fascinado pelo mar.
Convidou-o para trabalhar no barco que foi logo aceito pelo Zé do Egito.
Começou com faxineiro, depois cozinheiro.
Nas horas vagas Zé do Egito procurou ler o Manual de Navegação e aprender com os marinheiros a arte de navegar.
O comandante percebeu que seu aprendiz era muito inteligente e foi dando oportunidade ao neófito.
O espírito de colaboração dele era tanto que conquistou a todos tripulantes do barco.
Na primeira oportunidade dada pelo Comandante Genézio, o Zé do Egito superou as expectativas.
O Comandante não teve dúvida que ele era especial e incentivou-o a estudar para teste de marinheiro que passou com louvor.
Numa dessas viagens mar a dentro, o barco Felicidade teve que dá socorro a uma embarcação que tava afundadando.
Os marinheiros salvaram a maioria dos naúfragos.
O Zé do Egito viu um velho se afogando, não teve dúvida, se jogou na água e salvou o mesmoUm mês depois Zé do Egito foi intimado a comparecer ao Ministério da Marinha.
Ele foi morrendo de medo, sem saber por que estava sendo intimado e o que fizera de errado para ser intimado. Ao chegar lá, descobriu que o velho que ele salvara, era o Ministro da Marinha Jolivaldo e que o mesmo ficou tão agradecido que o contratou como comandante de um navio da marinha.
José do Egito voltou ao estaleiro, se despediu da tripulação do barco Felicidade com muita emoção abraçando e agradecendo a cada um da tripulação do barco, do faxineiro ao comandante.
Assumiu o comandando de um navio da marinha e seis meses depois voltou a terra natal, Cândido Sales, onde foi recebido com toda honra pela família e o prefeito da cidade Amilton Fernandes.
Não precisou ajudar a família por que seu pai já era um grande proprietário de terras e sócio de uma grande cooperativa agro-pecuária.